Situada no município de São Paulo (SP), a avenida Paulista e seu entorno compõem uma região efervescente, com atrações para diferentes gostos e públicos. Vivenciar a Paulista Aberta confirma a transformação do local em um espaço público ocupado pelas pessoas, com opções de lazer, esportes e atividades culturais de artistas de rua e de renome.

Em passeio pela avenida é possível aproveitar para conhecer, até dia 1º de outubro, a exposição temporária do Museu de Arte de São Paulo (MASP) chamada: Toulouse-Lautrec em vermelho. A exposição ocorre atualmente na sala para acervos temporários. As obras principais se destacam em paredes vermelhas no centro do ambiente, rodeadas pelas demais nas paredes laterais.

Exposição: a crítica social na obra do pintor Toulouse-Lautrec

Créditos: Divulgação/Masp

Nascido em uma família aristocrata, em 1864, o artista francês dedicou sua vida a retratos e representações de cabarés e da vida noturna parisiense. Toulouse-Lautrec, como muitos artistas, não foi reconhecido em vida, sendo sua arte incompreendida pela sociedade da época. O artista era frequentador assíduo da cena noturna de Paris e suas pinturas mostram a vida boêmia sem romantização.

A sua obra permite o contato com lados sombrios da natureza humana, a partir de retratos de tristeza, não reconhecimento, tédio, exploração, dentre outros. O legado de Toulouse-Lautrec vai além da técnica da litografia, e avança no campo da crítica social, especialmente das mulheres do século 19.

Chama especial atenção a questão do trabalho feminino, quando são denunciadas as condições extenuantes de trabalho de prostitutas a lavadeiras. Toulouse-Lautrec eterniza a situação de longas jornadas de trabalho, não reconhecimento do trabalho feminino, e o impacto da condição de exploração para reproduzir o papel subjugado da mulher naquele século.