Diversos setores da Igreja Católica têm se posicionado contra medidas do governo Temer, como as reformas e a política econômica que favorece os mais ricos.

Nessa semana, a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora e os referenciais das Pastorais Sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicaram uma mensagem na qual se posicionam sobre a conjuntura brasileira. Segundo a mensagem, o desemprego colossal, o rompimento da ordem democrática e o desmonte da legislação trabalhista e social são “situações angustiantes” hoje no país. Os religiosos criticam o governo, pois no lugar de fortalecer o papel do Estado para atender as necessidades e os direitos dos mais fragilizados, o mesmo tem favorecido os interesses do grande capital. Os bispos ainda se colocam contrários à Reforma da Previdência, segundo eles, falsamente justificada. A mensagem na íntegra pode ser acessada aqui.

Também essa semana, o padre José Ernanne Pinheiro, secretário-executivo do Centro Nacional de Fé e Política Dom Hélder Câmara, afirmou em entrevista à IHU Unisinos que o governo Temer se sente desconfortável com a Igreja Católica, chegando a enviar à Assembleia dos Bispos da CNBB de 2017 um intermediário para convencer os religiosos de que as propostas que a igreja tem criticado seriam necessárias.

Além de mandar emissários para convencer setores da Igreja Católica a apoiar o governo, Temer recentemente decidiu trocar a sua equipe de comunicação na esperança de ganhar popularidade. Mas a questão não é nem de convencimento nem de marketing: o povo sabe que essas medidas são prejudiciais à maioria.

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