Pesquisadores da USP e da Unifesp entrevistaram participantes da Marcha para Jesus, que ocorreu em 17 de junho, durante o feriado de Corpus Christi. O levantamento foi coordenado pelos pesquisadores Esther Solano (Unifesp), Marcio Moretto Ribeiro (USP) e Pablo Ortellado (USP), com apoio da Fundação Friedrich Ebert Brasil.

Os resultados mostraram que os participantes não se identificam com a polarização política, ao mesmo tempo respeitam temas sobre os direitos da mulheres e lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT) – posicionamento contrário ao da bancada evangélica no Congresso. A pesquisa considerou 484 entrevistas com participantes maiores de 16 anos (com margem de erro de 5%).
Para se ter uma dimensão, 66% dos entrevistados não se consideram nem de esquerda e nem de direita. Os resultados também apontaram que 77% concordaram que a escola deveria ensinar a respeitar os homossexuais.

No que se refere ao direito feminino, os entrevistados mostraram concordância com o direito das mulheres de usar a roupa que quiserem (76%) ou transar com quem quiserem (64%). Segundo os pesquisadores, apesar do perfil conservador do grupo para alguns aspectos, as respostas não foram muito diferentes das encontradas na população brasileira.

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