O jovem Karl Marx, de Raoul Peck, chega às telas em junho
Ainda lembro a euforia de ler pela primeira vez O Capital, de Karl Marx, em 1993, e a forma esclarecedora com que sua abordagem teórica explicou o funcionamento do capitalismo no século 19, assim como a luta de classes entre os donos do meio de produção (proprietários de máquinas, ferramentas e instalações) e os donos da força de trabalho (proletários).
Marx foi capaz de elucidar a dialética, composta pelo movimento antagônico entre as classes sociais, segundo a qual os donos dos meios de produção exploram a força de trabalho do proletariado a partir de um conceito denominado mais-valia (valor excedente da força de trabalho do trabalhador que é apropriado pelo capitalista).
Atualmente, com entusiasmo semelhante, aguardo o filme O Jovem Karl Marx, com previsão de lançamento para este mês. O filme aborda o início da vida do intelectual Karl Marx até a publicação do Manifesto Comunista, em 1848, além de apresentar Marx e Engels como militantes revolucionários vinculados ao movimento operário europeu.
O filme representa uma curto período da vida de Marx, que com seus 20 e poucos anos conheceu em Paris Friedrich Engels, o filho de um industrial de Wuppertal com conhecimento do trabalho industrial nas tecelagens da Inglaterra. Também mostra a relação de Marx, Engels e Jenny (esposa de Marx) na formulação do Manifesto Comunista e na vivência do período conhecido por grandes mudanças sociais.
O diretor do filme é o cineasta haitiano Raoul Peck, Auguste Diehl faz o papel de Karl Mar, Stefan Konarske encena Engels e Vicky Krieps representa Jenny. As filmagens foram realizadas na França, na Bélgica e na Alemanha.