O Banco Central divulgou hoje (15/05) seu o IBC-Br (indicador antecedente que se presta a antecipar a trajetória de variação do PIB), no qual apura uma queda de 0,4% do PIB no mês de março (em fevereiro havia crescido 1,31%) e um aumento de 1,1% no primeiro trimestre 2017 quando comparado ao último de 2016.

Embora o dado trimestral seja um alento para o governo e suas pretensões golpistas, a inflexão do mês de março em relação a fevereiro indica que não há garantia de que a recuperação esteja a caminho. Apenas paramos de cair como uma jaca, mas a se considerarem as quedas registradas em março nas atividades dos serviços (-2,3%), do varejo (-1,9%) e da produção industrial (-1,8), a estadia no fundo do poço poderá ser demasiado longa.

De qualquer modo, é bom colocar as barbas de molho. O IBC-Br, embora sirva para gregos e troianos calçarem seus palpites no mercado de apostas, não é lá um indicador muito preciso e frequentemente tem se desviado dos resultados efetivos apurados pelo IBGE.

No dia próximo dia 1º de junho, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deverá divulgar a variação do PIB deste primeiro trimestre, finalmente poderemos tirar os números a limpo, para sabermos de uma vez se estancamos ou não a recessão. Quanto aos impulsos para a retomada do crescimento, contudo, precisaremos esperar por mais algum tempo.

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