Ano 5 – nº 387 – 26 de janeiro de 2017

Aborto e conservadorismo nas instituições

Com a possibilidade de indicação de Ives Gandra Filho para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal, é preciso discutir a ampliação do espaço para o conservadorismo nas instituições brasileiras com o governo golpista. Ives Gandra é ligado a setores conservadores da Igreja Católica e tem, por exemplo, artigos que criticam os direitos das mulheres e dos/das LGBTs.

O momento exige organização dos movimentos sociais contra tal ofensiva. O aborto precisa ser encarado pelo Estado (laico) como questão de saúde pública, que, por ser ilegal, mata uma mulher a cada dois dias no Brasil. O aborto é, inclusive, a quinta maior causa de mortalidade materna no Brasil e um entrave na redução da mortalidade materna no país.

A Pesquisa Nacional de Aborto (PNA) mostra que uma em cada cinco mulheres brasileiras, ao fim de sua idade reprodutiva, terá feito um aborto, e que tal estatística não varia de acordo com a religião confessada pela mulher.

É importante ainda apontar que as mulheres que morrem em decorrência de aborto em geral são mulheres pobres, que não contam com recursos para acessar clínicas de aborto seguras mas clandestinas.

Para saber mais:

Aborto e estigma: uma análise da produção científica sobre a temática
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* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade de sua autora, não representando necessariamente a visão da FPA ou de seus dirigentes.