Publicação traz retrospectiva dos principais acontecimentos deste ano que se encerra, a partir dos informes mensais anteriores

 
DEZEMBRO DE 2016 | ANO 01 – EDIÇÃO 10

Um conjunto de medidas do governo golpista tem concorrido para promover o enfraquecimento das bases de construção de um projeto de desenvolvimento tecnológico e industrial com soberania nacional. Ao fim e ao cabo, o que se observa é, uma vez mais, o sequestro patrimonial do poder público pela iniciativa privada, como veremos a seguir. Leia mais

No cenário internacional, 2016 foi um ano de incertezas: do golpe no Brasil e do avanço conservador na América Latina, passando pela desagregação do projeto de integração europeu à eleição de Trump nos Estados Unidos (EUA), vimos não apenas mais elementos de retração nos mecanismos liberais de governança do pós-guerra fria, mas também sinais de retrocesso nas articulações de alternativas que se esboçaram ao longo dos anos 2000. Neste texto, serão apontados alguns fatos que marcaram o ano, como o avanço de forças políticas conservadoras na América Latina, na Europa e nos EUA e o sucesso eleitoral de discursos antiglobalização. Leia mais

O ano de 2016 foi marcado por delações comprometedoras, intervenções das instituições jurídicas na política, protestos, medidas polêmicas e uma nova agenda econômica cujo objetivo é implantar uma política neoliberal de concessões e privatizações, recusada nas urnas e imposta à sociedade por meio de um golpe parlamentar que reconfigurou as forças políticas e sociais. Há seis meses, o governo golpista de Michel Temer se esforça para manter a governabilidade e concluir o mandato, sob risco de eleições indiretas em 2017. Leia mais

O ano tem sido de duros golpes para a questão social, em especial com a ascensão do PMDB à presidência e a mudança radical do paradigma de desenvolvimento a partir da adoção dos parâmetros dos documentos “Ponte para o futuro” e “Travessia social”. Assim como em 2015, o mercado de trabalho segue em crise em 2016, mas, com um governo hostil aos trabalhadores, avança a agenda da flexibilização e perda de direitos. Também a PEC 55 (antiga 241) foi tema central do ano, pelo congelamento dos gastos primários federais por vinte anos. Avança também o ajuste fiscal e, a partir do golpe, ampliam-se os tentáculos do setor privado dentro do Estado brasileiro para a provisão de direitos sociais como saúde e educação e abre-se espaço para pautas conservadoras do ponto de vista individual no Estado e na sociedade. Leia mais

Este ano foi marcado por diversos solavancos na política econômica. Houve dois ministros da Fazenda e dois presidentes do Banco Central, que, cada um ao seu modo, pautaram as diretrizes da política econômica do período. Em uma retrospectiva, são analisadas questões referentes ao ‘nível de atividade’, ‘comércio exterior’, ‘política monetária e inflação’ e ‘indústria’. Tal como nos boletins anteriores, foram considerados os dados mais atualizados divulgados por instituições oficiais de acompanhamento da atividade econômica. Destacamos aqui dados oriundos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Banco Central do Brasil (BCB) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Leia mais

O eixo territorial deste boletim busca analisar os impactos de políticas, bem como resultados socioeconômicos relevantes, no território nacional. Consequência da história e política de ocupação do país, as diferentes realidades regionais sofrem de maneiras distintas cada decisão de políticas nacionais e de interesses do capital, o que faz que, por vezes, uma simples observação de características comuns do território exponha resultados surpreendentes, seja para o bem ou para o mal. Leia mais

O ano de 2016 foi marcado pela cobertura do processo de afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff, iniciado em dezembro de 2015, quando o pedido de impeachment foi aceito pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A notícia reverberou ao longo de vários meses e foi o centro do noticiário inclusive durante a realização dos Jogos Olímpicos e das campanhas eleitorais municipais. Na grande imprensa, houve manipulação de fotos, manchetes, leads e textos com o objetivo de favorecer o desfecho alcançado pelos defensores do golpe de Estado, consumado na aprovação do impeachment pelo Senado. Diante deste contexto, foi muito importante o contraponto realizado pela imprensa alternativa, constituída por coletivos, sites de notícias e blogueiros, cujo principal ambiente de difusão é o das redes sociais na internet. Já no cenário internacional, a imagem do Brasil certamente ficou abalada. Toda a classe política é suspeita de ser conivente com a corrupção, e a democracia tem hoje uma mancha na sua história. Leia mais

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