Ano 4 – nº 368 – 16 de novembro de 2016

A persistência da desigualdade de gênero na distribuição do trabalho doméstico

“Novas e velhas tensões na articulação entre trabalho e família nas regiões metropolitanas”, estudo de Maria Coleta de Oliveira e Glaucia Marcondes, mostra ser sempre extensa a jornada semanal feminina em horas dedicadas ao trabalho doméstico-familiar.

Segundo as autoras, mesmo com a entrada em massa das mulheres no mercado de trabalho e com a contribuição do salário feminino, elas continuam sendo responsabilizadas pelas tarefas domésticas, persistindo uma divisão pouco igualitária do trabalho doméstico, como mostram o gráfico e tabela abaixo.

Em torno de 90% das mulheres de 16 a 59 anos declararam realizar trabalhos domésticos em todas as regiões metropolitanas (RMs) pesquisadas, enquanto entre os homens essa porcentagem varia de 40 a 60%. Em termos de horas, as mulheres ocupadas respondem por uma jornada média em afazeres domésticos três vezes superior à dos homens, com as maiores diferenças verificando-se quando há presença de filhos.

Tal quadro pouco se alterou entre 2002 e 2012, período compreendido no estudo das autoras.

Para saber mais:

Novas e velhas tensões na articulação entre trabalho e família nas regiões metropolitanas
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Desigualdades de género y brechas estructurales en América Latina
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La economía feminista en Américana Latina
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* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade de sua autora,  não representando necessariamente a visão da FPA ou de seus dirigentes.
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