Boletim de análise da Conjuntura: Golpe de Estado, internacional, política e opinião pública, social, economia, territorial e comunicação

 
OUTUBRO DE 2016 | ANO 01 – EDIÇÃO 08

Nos últimos anos a Petrobras esteve no centro do projeto industrial social-desenvolvimentista implementado pelos governos Lula e Dilma. A petrolífera estatal brasileira teve papel decisivo no crescimento econômico do país e na recuperação da crise iniciada em 2008, seu plano de investimentos foi decisivo para os projetos do PAC, sua política de conteúdo tecnológico nacional foi fundamental para a reativação da indústria naval e de engenharia pesada, sua política de pesquisa e desenvolvimento foi essencial para a descoberta do pré-sal, e este, por seu turno, permitiu a criação de um fundo social para a educação e a saúde. Leia mais

Com a reta final da campanha presidencial nos Estados Unidos, cuja eleição acontece no próximo dia 8 de novembro, grande parte das análises sobre a conjuntura internacional se dedica ao fenômeno Trump, às pesquisas eleitorais e a prognósticos sobre o futuro governo com base nos discursos e nas medidas anunciadas nos programas dos candidatos. Para além das promessas de campanha, este texto pretende contribuir com a discussão sobre o cenário eleitoral a partir de alguns dados sobre a recuperação da economia estadunidense frente aos crescentes níveis de desigualdade socioeconômica e de precarização do emprego, bem como a exclusão de ampla parcela da população do direito ao voto. Leia mais

A sessão de Política e Opinião Pública desse mês de outubro se dedicou a analisar os resultados do primeiro turno das eleições municipais de 2016. Os temas abordados incluem a diminuição da votação do PT, a queda no número de cidades administradas e da população que será governada pelo partido a partir de 2017. Também será analisada a segmentação da votação petista nas diferentes regiões do Brasil e nas cidades de diferentes portes, além das coligações realizadas. Leia mais

O desemprego e a informalidade vêm crescendo no Brasil, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC). É o cenário propício para a ofensiva contra os direitos trabalhistas, como vem acontecendo, por exemplo, por meio das propostas de flexibilização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), da ampliação das terceirizações para setores nos quais ela ainda não é permitida, do aumento da jornada de trabalho, da reforma da Previdência, entre outras propostas. Também é o cenário propício para o ataque às conquistas de direitos sociais: como a PEC 241, que prevê o ajuste fiscal por meio do congelamento dos gastos em saúde, educação, Previdência e gastos sociais, penalizando os mais pobres, sob a justificativa de que o ajuste acarretará crescimento econômico e geração de emprego. Leia mais

Neste mês, os tópicos analisados foram o nível de atividade, comércio exterior, política monetária e inflação e indústria. Tal como nos boletins anteriores, foram considerados os dados mais atualizados divulgados por instituições oficiais de acompanhamento da atividade econômica. Destacamos aqui informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Banco Central do Brasil (BCB) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com os dados disponíveis neste mês, ainda é difícil de visualizar uma clara retomada. Pode-se dizer inclusive que a atividade econômica está enfrentando dificuldades para se estabilizar. A inflação arrefeceu de forma mais significativa, estimulando a interpretação de corte dos juros por parte do Banco Central. Do ponto de vista do setor externo, o saldo positivo da balança comercial tem se dado, particularmente, por uma forte contração das importações como resultado da crise econômica. Ademais, a apreciação e volatilidade recente do real pode estar solapando as exportações. No que tange à produção industrial, os dados mostram que a produção da indústria nacional caiu na comparação com o mês anterior. Assim, interpretações sobre retomada da economia têm sido ambíguas, e indicam que o segundo semestre de 2016 e o primeiro semestre de 2017 ainda deverão ser complicados para o povo brasileiro. Leia mais

Os recém-divulgados resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2015 mostram uma significativa evolução da qualidade do ensino fundamental 1, uma relativa evolução no fundamental 2, e uma estagnação, quando não regressão, na qualidade do ensino médio do país. Também fica nítido que o ensino privado parou de evoluir, o que causa maior preocupação quando se tem um governo federal como o atual, que parece se preocupar mais com a privatização do ensino e com políticas que apontam para uma precarização da educação pública, algo que vai na contramão do que vinha sendo feito até então. Também se pode observar que as administrações municipais petistas tiveram suas políticas de educação aprovadas pelo Ideb, com desempenho superior aos municípios administrados por outros partidos no atingimento de metas, na pontuação e na evolução ou, ainda, em relação ao total de municípios brasileiros. Leia mais

Nesta edição, destacamos o comportamento dos ativistas nas redes sociais online em relação às pautas do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff e das eleições municipais, que se intercruzaram no início da campanha eleitoral. E também os posicionamentos editoriais dos grandes jornais a respeito da eleição de João Doria Jr. no primeiro turno na capital paulista e ainda em relação à aprovação da lei que retira da Petrobras a exclusividade na exploração do pré-sal. Por fim, destacamos os assuntos que chamaram a atenção dos veículos internacionais no noticiário político das últimas semanas. Leia mais

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