Inflação de julho sobe 0,52%, com pressão de alimentos
Segundo dados do IBGE, a inflação mensurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação mensal de 0,52% em julho. Em junho a alta havia sido de 0,35%, de forma que o número deste mês veio acima do esperado por analistas econômicos. Em julho de 2015, o aumento da inflação havia sido de 0,62%. No acumulado do ano, o aumento registrado é de 4,96%, abaixo dos 6,83% para o mesmo período de 2015. Em uma ótica dos últimos 12 meses, a inflação acumula 8,74%, ou seja, inferior à taxa de 8,84% verificada nos 12 meses imediatamente anteriores.
O grupo alimentação e bebidas, que corresponde a 65% do IPCA em julho, avançou 1,32%. Trata-se da maior alta do mês desde 2000, quando subiu 1,78%. O leite e o feijão-carioca figuraram com as contribuições mais fortes no grupo. O primeiro, que subiu 17,58% em julho, teve contribuição de 0,19 ponto percentual no índice. O segundo, que teve aumento de 32,42% no mês, contribuiu com 0,13 ponto percentual para a inflação do mês. Ademais, o IBGE destacou o arroz 4,68% mais caro na média das regiões.
As razões para este aumento no grupo de alimentos e bebidas se deram particularmente por fatores climáticos que causaram problemas na safra, por exemplo, do feijão. Dado que o leite, o arroz e o feijão são tidos como alimentos básicos na mesa dos brasileiros, há um maior espaço para os empresários tentarem recuperar a margem de lucro reprimida durante a crise. Assim, pode-se concluir que o aumento da inflação do mês de julho foi causado por fatores do lado da oferta, ou seja, pelo lado da produção.
|