Entre janeiro e julho, o saldo da balança comercial acumulou um superávit de US$ 28,230 bilhões
Ano 4 – nº 387 – 03 de agosto de 2016
Balança comercial tem superávit de US$ 4,579 bilhões em julho
Dados recém-divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que a balança comercial registrou superávit de US$ 4,579 bilhões em julho. Entre janeiro e julho de 2016, o saldo da balança comercial acumulou um superávit de US$ 28,230 bilhões. Este foi o melhor resultado para os sete primeiros meses de um ano desde o início da série histórica em 1989. Até então, o maior saldo para este período havia sido registrado em 2006, com superávit de US$ 25,19 bilhões. Tal como no mês anterior, ocorreu maior queda nas importações do que nas exportações, que vêm possibilitando uma significativa melhora na balança comercial brasileira.
Este resultado é fruto da redução das exportações em 5,6% e da queda das importações na ordem de 27,6% no acumulado do ano. Em termos de volume exportado, o Brasil tem tido bom desempenho desde o ano passado. Já em valor, o país tem exportado menos, sobretudo devido à queda do preço das commodities – bens primários com cotação internacional.
Assim, a despeito da forte volatilidade do real, sobretudo no primeiro semestre do ano, o patamar da taxa de câmbio do mês de julho ainda foi favorável ao aumento das exportações e redução das importações. No mês de julho, a volatilidade do real foi menor que nos meses anteriores. No entanto, ainda esboça preocupação quanto à sua rota. Com o dólar operando por volta de R$ 3,25, a taxa de câmbio se encontra no limite. Abaixo deste patamar poderá ocorrer a perda de competitividade de produtos nacionais em mercados internacionais, particularmente aqueles mais dinâmicos e intensivos em tecnologia. É necessário que a política econômica se volte para a utilização da taxa de câmbio como ferramenta de estímulo ao setor industrial e contenção do processo de desindustrialização da economia.
* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade de seu autor, não representando necessariamente a visão da FPA ou de seus dirigentes.
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