Se a valorização do Real continuar, o país pode perder uma fonte central de retomada da economia contenção da desindustrialização
Ano 4 – nº 381 – 04 de julho de 2016
Junho tem superávit de US$ 3,974 bilhões na balança comercial
Dados recém divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), apontam para um superávit de US$ 3,974 bilhões na balança comercial de junho. A balança comercial é a diferença entre exportações e importações. No acumulado para o primeiro semestre do ano, o resultado atingiu US$ 23,63 bilhões, ou seja, o melhor resultado da série histórica. Como havia sido registrado nos últimos meses, ocorreu maior queda nas importações do que nas exportações, que vem possibilitando uma significativa melhora na balança comercial brasileira.
Em termos de volume exportado, o Brasil tem tido bom desempenho desde o ano passado. Já em valor, o país tem exportado menos, sobretudo devido à queda do preço das commodities – bens primários com cotação internacional. Do início do ano até junho, o volume de mercadorias exportadas cresceu 9,8%, no entanto, os preços caíram em média 14,8%. No que tange as importações, no mesmo período, a quantidade importada caiu 20,1%.
Tais resultados mostram que, a despeito da forte volatilidade, o câmbio ainda tem sido favorável ao aumento das exportações e redução das importações. No entanto, o Real tem apresentado uma rota de rápida apreciação, registrando uma valorização de 23,16% no primeiro semestre do ano. Em uma ótica comparativa com outras moedas, o Real tem tido a maior apreciação em relação ao Dólar no período. Se esta trajetória continuar, o país irá perder uma fonte central de retomada da economia e de contenção do processo de desindustrialização. As posições do Ministro da Fazenda e do Presidente do Banco Central têm sido extremamente adversas a uma política econômica que vise utilizar a taxa de câmbio e de juros como pilares centrais para retomada da economia. Erros do passado são continuamente repetidos e perpetuados por uma orientação de politica econômica ortodoxa e incompatível com a realidade.
* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade de seu autor, não representando necessariamente a visão da FPA ou de seus dirigentes.
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