Setor de serviços registra queda de 4,5% em abril
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou nova contração no volume do setor em abril. O volume de serviços prestados caiu 4,5% neste mês na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Este dado representa a 13ª queda consecutiva e o pior desempenho para meses de abril da série histórica da PMS, iniciada em 2012. Assim, no acumulado, o volume de serviços prestados teve queda de 4,9% no ano e recuo de 4,6% em 12 meses. Em março, a retração havia sido de 5,9%, e, em fevereiro, a queda da ordem de 3,9%.
Tal resultado, já descontada a inflação, atingiu todos os segmentos pesquisados pelo IBGE. No setor, o pior resultado adveio no segmento de transportes, particularmente em transporte terrestre, que apresentou forte queda (8,8%). O de Transporte aquaviário retraiu 2,9%, transporte aéreo teve queda de 0,1% e armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio recuaram 4,7%. Outras quedas significativa se deram nos segmentos de serviços prestados às famílias (3%), serviços profissionais, administrativos e complementares (5,4%), serviços de informação e comunicação (3%), e outros serviços (3,3%).
Em um ambiente com acentuada crise política e econômica, o país padece diante de políticas contraproducentes à retomada do crescimento. A austeridade fiscal dificulta a retomada da demanda e a queda do desemprego. Tais fatores têm impacto direto no setor de serviços altamente intensivo em mão de obra. Ademais, mesmo a taxa de câmbio mais competitiva tem tido pouco efeito no setor dado o perfil não tradable vis-à-vis, por exemplo, a indústria de transformação. Em outras palavras, dado que o setor é muito dependente do mercado interno, diante da crise, os efeitos negativos nele são mais acentuados.
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