A cerimônia aconteceu no dia 1º de junho. A editora Brasiliense também foi homenageada, nas figuras Caio Prado Júnior e Caio Graco

Em sua abertura oficial, no dia 1° de junho, o II Salão do Livro Político homenageou o economista Paul Singer e a editora Brasiliense, nas figuras Caio Prado Júnior e Caio Graco. A cerimônia aconteceu na Sala Jardel Filho do Centro Cultural São Paulo (CCSP). A homenagem consistiu em menção durante o evento e entrega de placas gravadas com mensagens aos homenageados.

Paul Singer se encontra hospitalizado e seu filho, o cientista político André Singer, o acompanha no hospital. Por conta disso, quem recebeu a placa homenageando o economista foi Joaquim Soriano, seu amigo e diretor da Fundação Perseu Abramo.

“Homenagear o Paul Singer é algo meio que óbvio, pela trajetória de envolvimento direto não só com o pensar dentro da economia solidária e a atuação dele no governo Lula, mas por toda uma trajetória de reflexão sobre a economia brasileira, pensando sempre a partir da necessidade de transformar essa economia injusta”, afirmou Haroldo Ceravolo, editor da Alameda, durante a homenagem.

Ao receber a placa, Joaquim Soriano lembrou que o economista é uma pessoa muito amável e que ficou muito honrado e emocionado com a homenagem.

A homenagem à editora Brasiliense foi recebida por familiares do historiador Caio Prado Júnior. Segundo a placa, a homenagem à editora se justifica “por sua história e dedicação à promoção do pensamento crítico”.

“Meu pai acreditava em utopia. O Brasil das décadas de 1960 e 1970 era um país que precisava de utopia e parece que agora a gente precisa de novo. Ele sempre dizia que os livros não mudam o mundo, mas os livros mudam as pessoas. Eu acho que é nisso que ele acreditava e é por isso que estamos aqui”, disse Maiá Prado, filha do historiador.

Também participaram da cerimônia de abertura Ivana Jinkings, coordenadora geral do Salão e diretora editorial da editora Boitempo; Jorge Breogan, operário do livro da editora Sundermann; Fernando Garcia de Faria, coordenador da Fundação Maurício Grabois; e Pena Schmidt, diretor do CCSP.

Assista à íntegra do evento:

Marilena Chauí

Durante o debate que seguiu a abertura oficial, Marilena Chauí também homenageou Paul Singer. A filósofa contou ao público como era conviver com o economista quando trabalharam juntos no governo de Luiza Erundina a frente da Prefeitura de São Paulo. Segundo Chauí, em grande parte, a boa memória que a cidade guarda do governo Erundina é responsabilidade de Paul Singer.

Assista ao relato de Marilena Chauí:

Fotos por Sérgio Silva

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