À medida que se reduz o déficit nas transações correntes do país, há uma queda da necessidade de financiamento externo
Ano 4 – nº 374 – 31 de maio de 2016
Brasil tem superávit de US$ 412 milhões em abril
Dados do Banco Central revelaram que as transações correntes registraram um superávit de US$ 412 milhões em abril. Trata-se do primeiro resultado positivo mensal das contas externas desde abril de 2009, quando se obteve um superávit de US$ 124 milhões. O déficit em abril do ano passado havia atingido US$ 6,84 bilhões.
Cabe pontuar que a conta de transações correntes é composta pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior). É um dos principais meios para avaliar o setor externo brasileiro.
Assim, importante destacar que o resultado superavitário do mês é explicado pelo saldo positivo de US$ 4,647 bilhões na balança comercial. Isto porque, neste mês, a conta de serviços foi negativa em US$ 2,521 bilhões, e, a de renda primária, em US$ 1,933 bilhão.
No ano, o déficit acumulado em transações correntes é de US$ 7,16 bilhões. Trata-se de um resultado bem menor que os US$ 31,94 bilhões registrados nos primeiros quatro meses do ano passado.
A explicação para a melhora nas contas externas neste ano é, principalmente, o dólar alto e a recessão da economia brasileira, fatores que contiveram as importações e ajudaram no aumento (ainda que pequeno) das exportações. O Banco Central projeta um déficit em conta corrente na ordem de US$ 25 bilhões para o final de 2016. Economistas ouvidos pelo Bando Central na mais recente pesquisa Focus já projetam um resultado negativo em apenas US$ 17,2 bilhões. No ano passado, as transações correntes terminaram o ano com um déficit de US$ 58,88 bilhões. A melhora nas transações correntes indica uma menor vulnerabilidade externa da economia. Ou seja, à medida que se reduz o déficit nas transações correntes do país há uma queda da necessidade de financiamento externo.
* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade de seu autor, não representando necessariamente a visão da FPA ou de seus dirigentes.
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