Especialistas apontam que proposta é inconstitucional, pode ferir liberdade de cátedra e distorcer papel do educador

Ano 4 – nº 314 – 30 de maio de 2016

Propostas dos primeiros convidados do ministro interino da Educação são duramente criticadas

Na semana em que foi noticiado o estupro coletivo de uma adolescente no Rio de Janeiro, o ministro interino da Educação, Mendonça Filho (DEM), recebeu em seu gabinete Alexandre Frota, ator que fez apologia ao crime de estupro em televisão aberta. Ainda, Frota, juntamente com Marcelo Reis (Revoltados Online), parecem ter sido os primeiros convidados do ministro interino.

Além do que Frota representa, as propostas que levou ao ministro interino se auto intitulando “voz da sociedade” foram duramente criticadas por especialistas da área. Entre as propostas de Frota está o projeto “Escola sem partido”, que defende o fim do que os idealizadores da proposta chamam de “doutrinação ideológica das escolas”, nos moldes da lei recém aprovada no Estado de Alagoas.

Especialistas apontam que a proposta é inconstitucional e pode tanto ser interpretada como um atentado à liberdade de cátedra quanto uma distorção do papel do educador de oferecer o melhor do conhecimento disponível, com suas contradições, aos alunos. Aponta-se ainda que é uma afronta, existindo tantos especialistas de alto nível em educação no país, que se busque um diálogo com quem não tem experiência na área.

Vale lembrar ainda que o partido do ministro interino, o DEM, tentou acabar com o Prouni, FIES e as ações afirmativas nas universidades federais.

 

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