Pnad Contínua mostra que desocupação aumentou no primeiro trimestre de 2016, em comparação com mesmo período de 2015

Notas FPA - Política Social 311

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Ano 4 – nº 311 – 20 de maio de 2016

IBGE: Mercado de trabalho e regiões

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua referentes ao primeiro trimestre de 2016 por regiões. A taxa de desocupação subiu em todas as grandes regiões no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015: Nordeste (de 9,6% para 12,8%), Sudeste (de 8,0% para 11,4%), Norte (de 8,7% para 10,5%), Centro-Oeste (de 7,3% para 9,7%) e Sul (de 5,1% para 7,3%). No quarto trimestre de 2015, as taxas foram 10,5% no Nordeste, 9,6% no Sudeste, 8,6% no Norte, 7,4% no Centro-Oeste e 5,7% no Sul. Para o Brasil como um todo, no primeiro trimestre de 2016, a taxa foi de 10,9%.

No primeiro trimestre, a taxa de desocupação por sexo foi de 9,5% para os homens e 12,7% para as mulheres, com a maior diferença na região Norte (5,4 p.p. maior para as mulheres) e a menor nas regiões Sul e Sudeste (2,9 p.p. maior para as mulheres). Por nível de instrução, a maior taxa de desocupação foi observada para pessoas com ensino médio incompleto (20,4%). Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 13,3% e com nível superior completo 5,9%. Por grupos de idade, a taxa de desocupação da população de 18 a 24 anos foi de 24,1%, como mostra o gráfico abaixo. Destaca-se a alta taxa de desocupação no Sudeste para o grupo de 14 a 17 anos, a mais alta do Brasil por grupos de idade.

Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por grupos de idade, segundo as Grandes Regiões – 1º trimestre de 2016

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Fonte: IBGE

A população ocupada no primeiro trimestre de 2016 foi de 90,6 milhões, sendo composta por 67,9% de empregados, 4,1% de empregadores, 25,6% de trabalhadores por conta própria e 2,4% de trabalhadores familiares auxiliares.

O nível de ocupação ficou em 54,7% para o Brasil no período analisado, com queda de 1,2 p.p. frente ao trimestre anterior (55,9%) e queda de 1,4 p.p. em relação ao primeiro trimestre de 2015 (56,2%). A população fora da força de trabalho (não trabalhavam nem procuravam trabalho) era composta em sua maioria por mulheres e pessoas sem ensino fundamental concluído.

Apesar da grande variação regional, a publicação mostra que a piora dos indicadores do mercado de trabalho se expressa também em termos regionais. Em um cenário de mais cortes de investimento e gasto público, bem como de ataque a programas sociais com grande potencial de aquecimento da demanda, é difícil que o mercado de trabalho se recupere no curto prazo. Além disso, uma recuperação se daria em patamar diferente do observado nos anos 2000 no país, caso sejam aprovadas reformas trabalhista e previdenciária no país, jogando o ajuste para os trabalhadores.

 

Para ler mais:

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 1º trimestre de 2016
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* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade de sua autora,
não representando necessariamente a visão da FPA ou de seus dirigentes.
 
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