Certificação dos 150 alunos de Formação Política sobre Relações de Trabalho e de Difusão do Conhecimento ocorreu no dia 12

Da Tribuna Metalúrgica
Fotos: Adonis Guerra

A cerimônia de certificação dos 150 alunos dos cursos de Formação Política sobre Relações de Trabalho e de Difusão do Conhecimento ocorreu na terça-feira, dia 12, na Regional Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Essa é a primeira turma formada desde o convênio firmado em junho passado entre a Escola de Ciência do Trabalho do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, o Dieese, a Fundação Perseu Abramo e a Escola Livre para Formação Integral “Dona Lindu”.

O presidente do Sindicato, Rafael Marques, avaliou o momento que o país vive e destacou a defesa da democracia e dos direitos conquistados. “Todo mundo aqui faz a sua parte na construção de um Brasil grande. A educação é fundamental para a luta da classe trabalhadora e, por isso, o movimento sindical do ABC é muito diferenciado e atuante na construção de propostas para o país”, afirmou.
 
Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, o curso ajuda os trabalhadores a enxergarem e mudarem a realidade. “Querem que a gente olhe o mundo onde a desigualdade é uma coisa natural, mas ela não tem nada de natural. É preciso ter óculos e esses óculos são o conhecimento”, disse.

O presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann, ressaltou o poder da educação. “Quem muda a realidade é o homem e a mulher e o papel da educação é mudar o homem e a mulher para que eles mudem a realidade”, explicou.  “A elevação dos salários de base eleva o salário do pizzaiolo, do churrasqueiro, do trabalhador doméstico e, com essa ascensão, a elite não fica contente. O impeachment não é contra a presidenta, é contra cada um de nós”, alertou.

De acordo com o diretor de Organização do Sindicato, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, a formação estrutura a defesa dos direitos dos trabalhadores. “Os dirigentes sindicais têm muita sede de aprender e a Escola é o local para se alimentar de conhecimento e, assim, fazer o debate qualificado na fábrica, na família e na comunidade”, contou. “Quem acha que sabe tudo está perdendo a chance de aprender”, concluiu.

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