Inflação desacelera para 0,43% em março
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação mensal de 0,43% em março (o menor para o mês desde 2012) após alta de 0,90% em fevereiro. Em março de 2015, o IPCA havia subido 1,32%. Com o resultado de março, o índice acumula alta de 2,62% no primeiro trimestre de 2016, ante 3,83% no mesmo período do ano passado. Em 12 meses, houve desaceleração de 10,36% para 9,39%. É a primeira vez desde outubro de 2015 que o índice fica inferior a dois dígitos no acumulado de 12 meses.
IPCA Mensal (Variação percentual)
Em março, a desaceleração do IPCA foi puxada por praticamente todos os itens, exceto os grupos de “alimentação e bebidas” e “vestuário”. Alimentação e bebidas aceleraram de 1,06% para 1,24%, contribuindo com 0,32 p.p. dos 0,43% do IPCA no mês. No acumulado de 12 meses, o grupo acelerou de 13,17% para 13,25%. Já no grupo vestuário, a aceleração no mês foi de de 0,24% para 0,69%, devido possivelmente ao fim das liquidações de início de ano.
Dentre os grupos com maior peso no IPCA e que registraram maior queda, o destaque foi habitação. Este apresentou deflação (queda dos preços) de 0,64% no mês, após cair 0,15% em fevereiro. A deflação foi influenciada sobretudo pela redução do preço da energia elétrica, que caiu 3,41% em março e tirou 0,13 ponto percentual do índice de preços no mês. Em todos os demais grupos, embora contribuam menos para o índice, ocorreram desacelerações na escalada dos preços: artigos de residência (de 1,01% para 0,70%), despesas pessoais (de 0,77% para 0,60%), educação (de 5,90% para 0,63%), transportes (0,62% para 0,16%), saúde e cuidados pessoais (de 0,94% para 0,78%) e comunicação (de 0,66% para -1,65%). É importante ressaltar que o IPCA de março veio melhor do que o esperado pelo mercado, reforçando as expectativas de redução da Selic nos próximos meses.
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