Dados da Pnad mostram aumento do desemprego
Igor Rocha e Ana Luiza Matos de Oliveira
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego subiu para 9,5%, ante 9,0% no último trimestre de 2015. É o maior nível apontado pela pesquisa, que começou a ser elaborada em 2012. Como mostra a tabela abaixo, no mesmo período em 2015, o desemprego registrado foi 6,8% e a média para 2015 foi de 8,5%.
Com isso, o número estimado de desocupações chegou a 9,623 milhões, 6% a mais do que no período anterior (com aumento de 42,3% em 12 meses).
Tais dados corroboram a conclusão de que o ajuste fiscal afetou em grande medida o mercado de trabalho. Não por acaso os dados revelaram um corte de 1,131 milhão de vagas na indústria entre o trimestre (até janeiro de 2016) contra mesmo período de 2015. Como pode ser visualizado na tabela abaixo, entre os setores analisados, o industrial foi o que mais sofreu retração no emprego.
Dado que o setor industrial congrega grande parte dos empregos de melhor qualidade e com maiores ganhos de produtividade, uma retração deste setor afeta fortemente a renda e o dinamismo da economia. Não por acaso, não somente o rendimento médio caiu 2,4% em relação a 2015, mas a massa de rendimentos também sofreu contração de 3,1% em 12 meses.
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