resultado veio menor do que o aguardado pelo mercado, que previa uma variação média em torno de 0,54%

Ano 4 – nº 360 – 23 de março de 2016
 

Inflação sofre significativa desaceleração em março

De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) exibiu uma variação de 0,43% no mês de março. Tal resultado veio menor do que o aguardado pelo mercado, que previa uma variação média em torno de 0,54%. A grandeza da desaceleração da inflação pode ser vista quando comparado o mesmo índice a março de 2015, que registrou variação de 1,24%. Analisando os meses de março, nota-se que, em 2016, houve a maior queda dos últimos quatro anos. O primeiro trimestre de 2016 também registrou queda quando comparado com o mesmo período de 2015. O primeiro registrou uma alta de 2,79%, e o segundo de 3,50%. Na variação dos últimos doze meses, o índice registrou alta de 9,95% ante 10,84% de 2015. Desde outubro de 2015 a inflação não ficava abaixo de dois dígitos.

Entre as classes pesquisadas, o IBGE detalhou que alimentos, embora responsáveis por 46% do índice do mês e com impacto de 0,20 p.p, mostraram significativa redução na taxa de inflação, com variação de 0,77% em março ante 1,92% de fevereiro de 2016. Destacaram-se ainda o item Transportes, que passou de 1,65% para 0,45% no mês, e Educação, que passou de 5,91% para 0,67%. Habitação sofreu uma deflação de -0,52% no mês. Houve movimentos deflacionários expressivos nas tarifas de água e esgoto, que caíram -0,36% no mês, e energia elétrica residencial, -2,87%. Tal queda em relação à energia elétrica exerceu o impacto expressivo na formação do IPCA-15, de 0,11 p. p. Este comportamento deve-se à redução na cobrança tarifária, que, a partir de 1º de março, passou dos R$ 3,00 da (bandeira vermelha), para R$ 1,50 (bandeira amarela), para cada 100 kilowatts-hora consumidos, destacou o IBGE.

Dado que o IPCA-15 é uma prévia do IPCA, que baliza o sistema de metas de inflação, tal significativa desaceleração no mês de março reforça as expectativas de redução da selic nos próximos meses por parte do Banco Central. Um meio central para reativar a economia brasileira.

* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade de seus autores, não representando a visão da FPA ou de seus dirigentes.
 

 

 
 
 

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