Ipea mostra os resultados de pesquisa sobre as causas, dificuldades, avanços e desafios ligados à informalidade do trabalho dos jovens

FPA Informa - Política Social 278

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Ano 4 – nº 278 – 25 de fevereiro de 2016

Mercado de trabalho: a informalidade na juventude

Texto de discussão do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra os resultados de pesquisa qualitativa realizada junto aos membros do Subcomitê do Trabalho Decente para a Juventude sobre as causas, dificuldades, avanços e desafios relacionados à informalidade do trabalho dos jovens no Brasil.

As causas mais citadas pelos entrevistados para o desemprego e as condições precárias do trabalho dos jovens relacionam-se com características sociais, tais como: baixa escolaridade; ausência de qualificação e falta de experiência; dificuldade de conciliar estudo com trabalho; falta de informação sobre postos e vagas no mercado de trabalho; e maior propensão em aceitar condições precárias de emprego.

As pesquisas revelaram que os entrevistados reconhecem que a diversidade de juventudes (gênero, raça, condição social, situação do domicílio etc) se expressa em desigualdades no acesso ao emprego formal e que o entrelaçamento das categorias gênero, raça e classe tem forte impacto na inserção no mercado de trabalho dos jovens. Algumas das questões apontadas se encontram sintetizadas na tabela abaixo, retirada do texto.

Percepções sobre diversidade e qualidade da inserção no mercado de trabalhoFPA Informa - Política Social 278

Apontam também que as recentes políticas públicas de ação afirmativa estão colaborando para a diminuição das desigualdades existentes no mercado de trabalho em relação aos jovens brancos.

Entre os entrevistados, contudo, há uma divergência a ser destacada: uma parte deles considera que as desigualdades do mercado de trabalho devem ser atribuídas à formação e qualificação dos jovens. Outros entrevistados apontam que as razões para essas desigualdades devem ser atribuídas, em última instância, às razões estruturais do mercado de trabalho e do modelo de desenvolvimento econômico e social do país e que não se pode atribuir os problemas do mercado de trabalho ao próprio jovem.

 

Para ler mais:

A informalidae do trabalho da juventude no Brasil: o que pensam os integrantes do Subcomitê da Agenda Nacional de Trabalho Decente para a Juventude
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* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade da sua autora, não representando a visão da FPA ou de seus dirigentes.
 
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