Vendas de novembro cresceram e apresentaram o melhor resultado desde novembro de 2014

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FPA Informa - Conjuntura 344

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Ano 4 – nº 344 – 13 de janeiro de 2016
 

ECONOMIA NACIONAL

Vendas no varejo surpreendem e crescem 1,5% em novembro: As vendas no comércio varejista brasileiro apresentaram crescimento de 1,5% entre os meses de outubro e novembro do ano passado, surpreendendo a maior parte dos analistas de mercado que previam uma queda de cerca de 1% no volume de vendas. Com destaque para a venda de móveis e eletrodomésticos (6,9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,1%), as vendas de novembro cresceram e apresentaram o melhor resultado desde novembro de 2014. O varejo ampliado, que inclui vendas de automóveis, motos, partes e peças, apresentou crescimento de 0,5%, resultado superior a novembro de 2014. No acumulado de doze meses, no entanto, os dados permanecem negativos: as vendas no varejo caíram 3,5%, sendo 4% considerando apenas os meses de 2015; já o varejo ampliado apresentou queda de 7,8% no acumulado de doze meses, sendo 8,4% no acumulado do ano de 2015. A receita do varejo cresceu 2,3% na comparação mensal e 3,6% no acumulado de doze meses.

Comentário: O crescimento do varejo em novembro surpreendeu os analistas, mas não pode ser considerado uma tendência para os meses vindouros. Um dos fatores que podem ter influenciado positivamente as vendas no mês é a realização e popularização da “black friday”, que acaba por antecipar uma parte das compras de natal. Além disso, o aumento do comércio eletrônico também contribuiu para essa antecipação, o que ajuda a explicar o crescimento das vendas em alguns segmentos. De uma maneira geral, porém, a tendência de queda no comércio varejista ao longo do ano é detectável em quase todos os segmentos pesquisados, evidenciando os efeitos negativos da recessão e da retração da renda e do crédito. O consumo das famílias, que tem peso importante no cálculo do PIB e vinha segurando o crescimento brasileiro no campo positivo, reverteu sua tendência de crescimento em 2015, ao mesmo tempo que o desemprego foi ampliado e o rendimento real do trabalho caiu. Neste cenário, as famílias que perderam emprego e renda são obrigadas a reduzirem seus gastos, enquanto as famílias que ainda possuem emprego buscam poupar diante da perspectiva negativa do futuro da economia. Sendo assim, a recuperação do consumo das famílias não é um fator autônomo, mas dependente da retomada do crescimento e da confiança na economia brasileira. Atualmente, essa retomada de crescimento se tornou o foco do governo, que aposta tanto no setor externo quanto na ampliação das concessões para servirem como fatores autônomos que alavancarão o crescimento econômico do país a partir de 2016. O sucesso desta aposta depende de vários fatores, dentre eles a superação da crise política que paralisa o país desde meados de 2015.

 
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Vendas no Varejo/Brasil 9h IBGE
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