Houve redução na informalidade do mercado de trabalho, mas boa parcela dos trabalhadores ainda sofre com o problema

FPA Informa - Política Social 204

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Ano 3 – nº 204 – 14 de agosto de 2015

Mercado de trabalho: assalariamento sem carteira no Brasil

Publicação do Mapa da Ilegalidade (de Erle Cavalcante Mesquita, do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho) registrou as localidades onde o trabalho assalariado sem carteira assinada é mais evidente.

Segundo o autor, houve ao longo dos últimos anos uma redução nos índices de informalidade do mercado de trabalho brasileiro, mas boa parcela dos trabalhadores ainda convive não somente na chamada informalidade, mas na ilegalidade, uma vez que o trabalho assalariado deve obrigatoriamente abrigar uma série de direitos e deveres: para o ano de 2013, este conjunto abrangia 18,7 milhões de assalariados sem carteira de trabalho assinada (ou 19,2% do total de ocupados do território nacional, em contraste com o índice de 23,5% em 2003). Já o mapa seguinte traz a proporção de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada para cada grupo de cem ocupados nos municípios brasileiros.

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Para o autor, não é o corte de direitos (que para quase 20% dos trabalhadores brasileiros já são precários, como evidenciados pelo estudo) e a mudança do papel anticíclico da política econômica que continuará diminuindo estes índices. Ainda, em um contexto de aumento do desemprego (como neste ano de 2015), é de se esperar que o problema do assalariamento sem carteira assinada aumente.

Para ler mais:

O mapa da ilegalidade: as relações de trabalho sem carteira
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* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade da sua autora, não representando a visão da FPA ou de seus dirigentes.
 
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