Cenário atual provocaria um leve aumento na taxa de desemprego regional: de 6,0% em 2014 para 6,2% em 2015

Ano 3 – nº 170 – 27 de maio de 2015

Mercado de trabalho: CEPAL e OIT preveem aumento do desemprego na América Latina e Caribe

Segundo relatório conjunto da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o cenário pouco promissor quanto ao crescimento econômico da região (estimado em 1% em 2015) provocaria um leve aumento na taxa de desemprego regional: de 6,0% em 2014 para 6,2% em 2015.

Os gráficos abaixo mostram que as taxas de crescimento do emprego registrado (formal) já vinham caindo nos últimos anos para vários países da região e que o aumento do salário real médio na região também acompanhava a trajetória de queda nos últimos anos, i.e., tanto o emprego quanto o salário real nos empregos formais continuaram crescendo, mas em magnitudes menores.

América Latina (países selecionados): taxas de crescimento do emprego registrado, 2011-2014

Fonte: Cepal e OIT, 2015

América Latina (países selecionados): variação do salário médio real do emprego formal, 2012-2014

Fonte: Cepal e OIT, 2015

Para 2015, o aumento do desemprego esperado, ainda que ligeiro, poderia, segundo o documento, frear a redução da pobreza e da desigualdade na região: o relatório mostra que na década passada e no começo da década atual, a América Latina e o Caribe avançaram na redução da pobreza (de 43,9% da população em 2002 para 28,1% em 2012) e na distribuição da renda, em um contexto global de crescentes níveis de desigualdade. Essas melhoras, segundo o relatório, ocorreram por tendências positivas do mercado de trabalho, como a forte geração de emprego assalariado, conjugadas a importantes políticas sociais. Assim, com uma piora dos indicadores do mercado de trabalho, essas conquistas ficam em risco. É importante lembrar que, embora tenham ocorrido avanços, em 2014 ainda 167 milhões de latino-americanos e caribenhos se encontravam abaixo da linha da pobreza e, nos últimos anos, a redução desses números tem se estancado.

Para ler mais:

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* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade da sua autora, não representando a visão da FPA ou de seus dirigentes.
 

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