Produção da industria apresentou queda real de 0,9% no mês de feveiro na comparação com o mês anterior, segundo divulgou IBGE
Ano 3 – nº 261 – 01 de abril de 2015
ECONOMIA NACIONAL
Atividade industrial cai 0,9% em fevereiro: A produção da industria brasileira apresentou queda real de 0,9% no mês de feveiro na comparação com o mês imediatamente anterior, segundo divulgou nesta manhã o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As variações dos meses anteriores sofreram revisões significativas, tendo o mês de dezembro passado de queda de 3,2% para redução de 1,6% e o mês de janeiro de alta de 2% para elevação de apenas 0,3%. Apesar do recuo significativo, a queda de fevereiro foi inferior à expectativa média dos analistas de mercado, que esperavam redução de 1,5% na produção industrial.Com este resultado, a produção industrial acumula queda de 4,5% em doze meses e 9,1% na comparação do mês de fevereiro com fevereiro de 2014. Na análise mensal da produção, a queda de fevereiro pode ser explicada pela redução de 4,1% na produção de bens de capital, -0,1% de bens intermediários, -0,4% de bens duráveis e -0,5% de bens semi e não duráveis. Já na comparação com fevereiro/2014, a variação é muito mais acentuada, chamando atenção a queda de 25,7% na produção de bens de capital e 25,8% de bens duráveis.
Comentário: A queda na produção industrial no Brasil não é um fenômeno recente nem deve ser creditado a mudança da política econômica no início do novo governo Dilma. Uma combinação de câmbio valorizado por décadas com condições desfavoráveis a competição, tanto no campo tributário, quanto no custo de capital, dada a elevadas taxas de juros, explicam em parte o movimento de especialização regressiva da matriz produtiva nacional, com o abandono de diversos setores industriais e o aumento do coefinciente importado. O problema se acentuou no momento pós-crise de 2008, pois a concorrência internacional se acirrou e diversos países que eram mercados cativos de produtos brasileiros entraram em crise, como é o caso notório da Argentina e Venezuela. Mesmo sendo uma questão estrutural, que só será revertida com a adoção de um novo projeto de desenvolvimento nacional que inclua como questão central o desenvolvimento industrial (principalmente dos setores que temos vantagens competitivas), a queda na confiança empresarial e a perspectiva recessiva agrava o quadro e devem fazer com que a indústria recue ainda mais neste ano de 2015. O emprego industrial, de boa qualidade e salário, deve sofrer com a realidade recessiva e só terá sua trajetória revertida se, no médio prazo, a expectativa empresarial se reverter e voltarmos a observar uma ampliação da utilização da capacidade instalada e a realização de novos investimentos.
AGENDA DO DIA
EVENTO
HORÁRIO
ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO
Produção industrial/Brasil
9h
IBGE
Criação de Vagas / EUA
9h30
ADP
Balança comercial/Brasil
12h30
MDIC
* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade do seu autor, não representando a visão da FPA ou de seus dirigentes.
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