Brasil cresceu mais do que o inicialmente divulgado nos anos de 2010 e 2011

FPA Informa - Conjuntura 253
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Ano 3 – nº 253 – 11 de março de 2015
 

ECONOMIA NACIONAL
Revisão do PIB mostra crescimento maior em 2010 e 2011: Uma alteração na metodologia de aferição da atividade econômica do Brasil realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstrou que, na realidade, o Brasil cresceu mais do que o inicialmente divulgado nos anos de 2010 e 2011. A nova série adota as recomendações mais atualizadas do manual de Contas Nacionais da Organização das Nações Unidas (ONU), do Fundo Monetário Intrnacional (FMI), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do Banco Mundial. Utilizando-se de 2010 como ano base, a revisão do cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro mostrou um crescimento de 7,6% da economia em 2010 e 3,9% em 2011, contrariando as estimativas anteriores de 7,5% e 2,7%, respectivamente. Além destas inovações, a nova série calculada pelo IBGE incorpora as informações do último senso agropecuário (2006) e da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008/09. Com esta nova metodologia a taxa de investimento também se mostrou acima da inicialmente verificada, saindo de 19,3% para 20,6% no ano de 2011.
Comentário: Sempre houve, entre os pesquisadores e especialistas na área, a certeza de que a metodologia de apuração do PIB no Brasil estava bastante desatualizada, devido principalmente as alterações na estrutura econômica do país nas últimas décadas, que ainda não haviam sido captadas pela antiga metodologia do IBGE. Novos produtos e atividades, que ganharam importância econômica ao longo de tempo, eram pouco representadas na ponderação do cálculo antigo, enquanto velhos setores eram sobrerepresentados. A atualização da forma de calcular o PIB auxilia todos aqueles que pesquisam sobre o tema, ao mostrar uma “fotografia” mais próxima à realidade do Brasil atual, reduzindo a defasagem entre os dados que já temos da POF, Censo Agropecuário e Pesquisa Industrial Anual (PIA) daqueles que eram utilizados para calcular o PIB. Como resultado, devemos observar uma elevação da taxa de crescimento do PIB e do investimento nos últimos anos (a revisão deve prosseguir até alcançar os dados mais recentes), que não é resultante de um efeito meramente estatístico ou de maquiagem contábil, mas sim da melhoria na forma de captar as alterações estruturais da economia brasileira. Apenas com dados mais precisos seremos capazes de realizar os diagnósticos corretos e propor as medidas adequadas para combater os problemas atuais, sem cair no equívoco de propormos medidas baseadas em diagnósticos equivocados devido a dados imprecisos.
 
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