IPCA de janeiro sobe 1,24% e confirma expectativas dos analistas
FPA Informa 243 – IPCA de janeiro sobe 1,24% e confirma expectativas dos analistas
ECONOMIA NACIONAL
IPCA de janeiro sobe 1,24% e confirma expectativas dos analistas: O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, e utilizado na política de metas inflacionárias apresentou alta de 1,24% no mês de janeiro na comparação com dezembro/2014, quando havia subido 0,78%. A aceleração do índice já era prevista pelos analistas, que estimavam exatamente a alta que foi verificada, levanto o IPCA para 7,14% no acumulado de 12 meses. Em janeiro, os principais fatores que levaram à alta nos preços foram as elevações nas tarifas de energia elétrica e água, que fizeram com que o grupo habitação saísse de alta de 0,51% em dezembro para elevação de 2,42% em janeiro. Além dele, o grupo transportes apresentou aceleração dado o aumento no preço da gasolina, partindo de 1,38% e alcançando 1,83% em janeiro. Por fim, o grupo alimentação e bebidas permanece pressionado, passando de alta de 1,08% em dezembro para 1,48% em janeiro. Grupos como artigos de residência (de 0 para -0,28%) e vestuário (de 0,85% para -0,69%) foram na outra direção e reduziram seus preços no mês passado.
Comentário: A aceleração da inflação em janeiro decorre do que é chamado de “inflação corretiva”, ou seja, do aumento de determinados preços e tarifas para adequá-los à realidade do mercado, refletindo a oferta e demanda por esses bens. O caso mais notório é o da energia elétrica, que devido à atual estiagem prolongada apresenta uma elevação nos custos de geração que finalmente foi repassado para o usuário através de aumento de tarifas. A gasolina também é um preço que caminhou durante muito tempo abaixo do preço internacional (apesar desta tendência ter se revertido nos últimos meses), fato que impactou o caixa da Petrobras. A correção nos preços dos combustíveis, apesar de alimentar a inflação, funciona também como uma forma de recompor a capacidade financeira da empresa, reforçando seu fluxo de caixa. A tendência é que tal inflação corretiva se dilua nos próximos meses, em particular devido ao fato de que os efeitos secundários do atual choque inflacionário não devem ser generalizados devido ao baixo dinamismo da economia. Em um cenário de pouca demanda e baixo crescimento do emprego e da renda, a capacidade dos empresários de repassar aumentos de preço sem perder parcelas do mercado e/ou reduzir a demanda por seu bem é bastante limitada, o que pode auxiliar no combate aos efeitos secundários da inflação atual. Apesar disso, as expectativas do mercado ainda são de que fecharemos 2015 com uma inflação que supere o teto da meta, próxima a 7%. Esta previsão depende de uma série de fatores que estão fora do alcance de previsão de um analista econômico, como por exemplo estimar o impacto sobre os preços do ajuste fiscal ou os efeitos da política econômica nacional e internacional sobre a taxa de câmbio. Na ausência de choques inesperados, resta a impressão de que a inflação permanecerá próxima ao teto da meta ao longo do ano de 2015, desacelerando no segundo semestre e caminhando para o centro da meta nos anos seguintes.
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