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Reeleição de Evo Morales na Bolívia

No ultimo domingo, 12 de outubro, a Bolívia foi às urnas para reeleger o Presidente Evo Morales, pelo Movimiento al Socialismo (MAS). Os resultados oficiais devem sair em alguns dias, mas de acordo com pesquisas de boca de urna e com a contagem rápida dos votos, Morales chega a seu terceiro mandato com 61% dos votos no primeiro turno. O empresário Samuel Doria Medina ficou em segundo lugar, com cerca de 24%, e o ex-Presidente Jorge Quiroga obteve o terceiro lugar com 9% dos votos.

Segundo os números iniciais, a expectativa é que o MAS mantenha a maioria absoluta na Câmara e no Senado: as cifras indicam 80 deputados no total de 130 e 24 senadores no total de 36.

A vitória comprova o êxito das políticas de inclusão social e política massiva da população indígena e camponesa, maioria antes alijada dos direitos básicos de cidadania no país. Estas eleições marcam também uma importante vitória de Evo na região mais rica da Bolívia, a chamada “meia lua”, composta pelos departamentos de Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando, que em 2008 foram o centro das tentativas de desestabilização do governo do MAS. Nos últimos anos o governo Evo alcançou acordos com o setor empresarial desta região, por meio de créditos e garantias jurídicas, diminuindo assim a relação conflituosa com o governo central.

Destaca-se ainda na Bolívia a democratização dos meios de comunicação, com a criação de um jornal de ampla circulação, e de mecanismos de apoio a rádios universitárias, indígenas e comunitárias.

No Brasil, cerca de 40 mil bolivianos estavam aptos a votar nas eleições presidenciais. A cidade de São Paulo é a segunda maior zona eleitoral fora da Bolívia, atrás apenas de Buenos Aires. Esta cifra poderia ser maior: embora o governo brasileiro tenha promovido em 2009 uma campanha de anistia e regularização para todos os imigrantes indocumentados, estima-se que 100 mil bolivianos ainda vivam em situação irregular em São Paulo.