IGP-M fecha setembro abaixo das expectativas e cai no acumulado de 12 meses

FPA Informa 203 – IGP-M fecha setembro abaixo das expectativas e cai no acumulado de 12 meses

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29 de setembro de 2014
ECONOMIA NACIONAL
IGP-M fecha setembro abaixo das expectativas e cai no acumulado de 12 meses: O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), calculado pela FGV, encerrou o mês de setembro com alta de 0,20%, contra alta de 1,5% no mesmo mês de 2013. Este resultado surpreendeu os analistas financeiros, que em média esperavam uma alta maior, de 0,34% no índice de preços. A volta do IGP-M ao campo positivo, após meses de variação negativa, foi puxada pela alta nos preços no atacado, calculados pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que tem peso de 60% na composição final dos IGPs. Neste mês, o IPA avançou 0,13%, contra queda de 0,45% no mês anterior. Tal aumento foi influenciado tanto pela alta nos produtos agropecuários (de -0,93% para 0,10%) quanto nos produtos industriais (-0,27% para 0,14%). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também apresentou avanço, saindo de 0,02% em agosto para 0,42% em setembro. O único índice que desacelerou foi o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), que representa 10% do IGP e caiu de 0,19% em agosto para 0,16% neste mês. Com este resultado em setembro, o IGP-M acumula alta de 1,76% no ano e 3,54% no acumulado de 12 meses.
Comentário: O ritmo lento de aumento dos preços no atacado é reflexo, em grande medida, da queda no ritmo de atividade e da manutenção do câmbio em patamares estáveis. A recente volatilidade da taxa de câmbio não afetou o IPA no mês de setembro, mas poderá causar algum impacto nos meses vindouros caso se mantenha próxima a R$ 2,45, como está no dia de hoje. Por outro lado, a manutenção das taxas de inflação no atacado em patamares baixos, próximos a 0%, como foi neste mês de setembro, tende a manter o IPCA dentro da meta até o final do ano, fato corroborado tanto pelo Banco Central quanto pelo mercado financeiro, que projetam alta de 6,3% nos preços em 2014. A questão decisiva para sabermos se a inflação irá se manter dentro do teto da meta novamente no ano de 2014 está centrada em duas variáveis: em primeiro lugar, o aumento dos preços dos combustíveis, programada para o final de 2014 mas ainda de magnitude incerta. Em segundo lugar, o impacto de uma eventual desvalorização cambial nos preços no atacado e como tais aumentos serão repassados para os preços no varejo. Apesar destas duas “incertezas”, a possibilidade de a inflação ultrapassar o teto da meta em 2014 deve ser considerada baixa, dada a atual trajetória de preços registrada.
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Análise: Guilherme Mello, Economista
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