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FPA Informa 172

25 de junho de 2014 -

Balança comercial apresenta superávit, mas déficit em conta corrente segue elevado

FPA Informa 172 – Balança comercial apresenta superávit, mas déficit em conta corrente segue elevado

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25 de junho de 2014
ECONOMIA NACIONAL
Balança comercial apresenta superávit, mas déficit em conta corrente segue elevado: Os dados da balança comercial da terceira semana de junho apontam para um superávit de US$ 585 milhões, somando US$ 2,148 bilhões de superávit no mês até o momento. Apesar do resultado positivo, a média diária das exportações brasileiras apresentou redução de 2,9% na comparação com o mês de junho de 2013, puxada particularmente pela queda de 19,5% na exportação de produtos manufaturados. Já as importações apresentaram queda ainda mais relevante, de 7,3%, resultando no superávit comercial mais elevado. Além dos dados da balança comercial, foram divulgados pelo Banco Central os dados referente à conta corrente brasileira, que apresentou déficit de US$ 6,635 bilhões, influenciada pela deterioração na balança de serviços, devido principalmente ao aumento de gastos com aluguel de equipamentos (particularmente para a construção de plataformas da Petrobras) e gastos de turistas no exterior. Espera-se, no entanto, que o déficit se reduza com a entrada de recursos proveniente da conta de viagens internacionais devido ao turismo gerado pela Copa do Mundo.
Comentário: As contas externas brasileiras, apesar de deficitárias, não representam um problema de curto prazo, dado que são financiadas integralmente pela entrada de capitais externos, particularmente devido ao elevado nível de investimento externo direto que o país tem atraído nos últimos anos. Apesar disso, os déficits externos (seja em conta corrente, seja na balança comercial, que no acumulado do ano ainda apresenta déficit de US$ 2,707 bilhões) sinalizam para um cenário de dificuldades estruturais na produção industrial devido ao câmbio ainda sobrevalorizado. O mau momento de alguns de nossos principais parceiros comerciais (em particular a Argentina, uma grande importadora de produtos manufaturados brasileiros) contribui para os maus resultados externos, que provavelmente só apresentarão uma reversão mais substantiva com a expansão da produção na camada pré-sal e a recuperação da economia global, em conjunção com novas rodadas de desvalorização real do câmbio.
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