Inflação acentua queda, mas mercado financeiro segue projetando inflação no teto da meta

FPA Informa 171 – Inflação acentua queda, mas mercado financeiro segue projetando inflação no teto da meta

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24 de junho de 2014
ECONOMIA NACIONAL
Inflação acentua queda, mas mercado financeiro segue projetando inflação no teto da meta: Apesar das seguidas quedas nos índices de inflação nos meses de maio e junho, as previsões do mercado financeiro para a inflação acumulada em 2014 permanecem na casa dos 6,46%, muito próximas ao teto da meta. Na manhã de ontem, segunda-feira, 23, foi divulgado que o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da terceira semana de junho apresentou alta de 0,34%, contra elevação de 0,36% na semana anterior, graças principalmente à desaceleração nas tarifas de energia, que passaram de alta de 0,89% para somente 0,09%. Apesar destes resultados, o Focus, boletim semanal do Banco Central revelou que a expectativa de inflação dos analistas de mercado permanece em 6,46% para 2014 e 6,10% em 2015. A justificativa é que os aumentos de tarifas represados, particularmente de energia e combustíveis, irão pressionar os índices de inflação e levarão o Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA) para próximo do teto da meta. Por outro lado, as expectativas de crescimento econômico permanecem em baixa, tendo chegado, nesta última semana, a previsão de 1,16% em 2014, particularmente devido à queda nas expectativas em relação à produção industrial no ano.
Comentário: As expectativas expressas no boletim Focus, que sempre expressam apenas a visão de um grupo particular de agentes econômicos sobre o futuro do país, sofrem demasiadamente com o elevado grau de incerteza que atravessa a economia brasileira. Não é sabido, por exemplo, qual será o verdadeiro impacto da Copa na economia nacional, tanto do ponto de vista inflacionário quanto do ponto de vista da atividade econômica. Além disso, com o fim do processo eleitoral em novembro, é de se esperar que as expectativas possam apresentar razoável reversão, devido à contaminação do clima eleitoral nas expectativas empresariais. Mais que isso, a eleição em si traz consigo o aumento dos investimentos dos Estados, o que pode provocar um incremento na taxa de crescimento do PIB, mesmo que afete negativamente o esforço fiscal do governo no curto prazo.
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Análise: Guilherme Mello, Economista
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