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05 de maio de 2014
ECONOMIA NACIONAL
Acordos salariais garantem ganho real dos trabalhadores: Um levantamento do Dieese acerca das negociações de acordos salariais entre janeiro e março mostra que 96,5% das 140 convenções coletivas registradas no período apresentaram ganho real de renda para o trabalhador, ou seja, aumentos salariais superiores à inflação medida pelo INPC. No total, 33% das convenções apresentaram aumentos reais superiores a 2%, 42,5% aumentos reais entre 2% e 1%, enquanto 21% dos acordos lograram obter aumentos de até 1% acima da inflação. Este resultado se deve em parte, segundos os analistas do Dieese, à queda na inflação acumulada em 12 meses frente aos 12 meses vencidos no início do ano passado, quando o acumulado se aproximou mais do teto da meta de inflação. Outro fator que ajuda na conquista de aumentos reais é o aumento do piso de remuneração, dado pela elevação do salário mínimo nacional e dos estaduais. A tendência, segundo analistas, é de manutenção dos ganhos reais para a maioria, caso o cenário econômico não sofra profundas alterações (como, por exemplo, um período de recessão).
Comentário: O aumento da renda, do emprego e do salário mesmo diante de um cenário internacional conturbado e recessivo é um dos principais marcos do governo Dilma Rousseff para os trabalhadores do Brasil, como defendido claramente em seu discurso à nação para o Dia do Trabalhador. Ao se recusar a adotar medidas recessivas e contracionistas de ajuste econômico (a exemplo do que ocorreu em boa parte dos países desenvolvidos europeus, gerando enormes taxas de desemprego), o governo logrou manter o mercado de trabalho aquecido enquanto realiza os ajustes estruturais necessários no tecido econômico para lançar uma nova fase de crescimento acelerado, particularmente através da ampliação do investimento e da melhoria na infraestrutura. Superar o arrefecimento cíclico da economia doméstica conjugado a um cenário econômico internacional adverso com ganhos no emprego, na renda e no salário médio é uma conquista rara no cenário mundial e que deve permanecer apenas enquanto houver a preocupação com a manutenção de uma política que favoreça o emprego e o trabalhado. Medidas recessivas (como as propostas pelos candidatos da oposição) são o caminho certo para reverter os ganhos dos últimos anos, aumentando o desemprego, reduzindo os ganhos salariais e piorando a distribuição de renda, o que trará impactos negativos nas famílias e na própria dinâmica do mercado de trabalho, que se verá inundado de jovens (hoje estudantes) à procura de emprego para ajudar a sustentar suas famílias.
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Análise: Guilherme Mello, Economista

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