Utilizada na prevenção do vírus do papiloma humano (HPV), a vacina contra o HPV passou a ser ofertada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 11 a 13 anos em 10 de março deste ano. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) prevê o surgimento de 15 mil novos casos de câncer de colo de útero para o ano de 2014 e aproximadamente 4,8 mil óbitos em decorrência da doença apenas neste ano, com um risco estimado de 15,33 casos a cada 100 mil mulheres. Esse câncer é responsável por 5,7% dos casos de câncer no país e é o terceiro que mais atinge mulheres.
No primeiro mês de vacinação, mais de 3,4 milhões de meninas já foram imunizadas, o que representa 83% da meta do Ministério da Saúde, sendo que em 31 de março, 63% do objetivo já haviam sido cumpridos. Em algumas cidades, como Campos de Goytacazes (RJ), Taboão da Serra (SP) e a Farroupilha (RS), meninos começaram a ser vacinados contra o HPV.
A primeira etapa dessa política foi concentrada na vacinação nos colégios e, na segunda etapa, que se iniciou nesta sexta-feira (11/4/), o foco é nos postos de saúde de todo o país. Segundo o Portal da Saúde, para o primeiro ano, o Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses e a vacina utilizada é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) do HPV, com eficácia de 98%. Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero.
Segundo o INCA, a vacina contra o HPV é uma promissora ferramenta para o combate ao câncer do colo do útero, mas que não exclui as ações de prevenção e de detecção precoce desse câncer. |