Pesquisas apontam reeleição de Dilma e queda de apoio a protestos
FPA Informa 115
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24 de fevereiro de 2014
POLÍTICA NACIONAL
Pesquisas apontam reeleição de Dilma e queda de apoio a protestos: Uma série de pesquisas divulgada neste fim de semana e hoje pela manhã indica que o cenário eleitoral em fevereiro se mantém similar àquele verificado em novembro de 2013, com grande vantagem da presidenta Dilma Rousseff, que se reelegeria no primeiro turno caso as eleições fossem hoje. A pesquisa Datafolha divulgada no domingo indica que Dilma venceria as eleições com 47% dos votos, contra 17% de Aécio Neves e 12 % de Eduardo Campos. Já na pesquisa Vox Populi divulgada na manhã de hoje, Dilma aparece com 41%, Aécio, 17%; e Campos, 6%. Em ambos os casos a vitória de Dilma ocorreria já no primeiro turno, pelo fato de possuir sozinha mais votos que seus adversários somados. Outra pesquisa divulgada hoje pela manhã pelo instituto Datafolha aponta uma queda no apoio aos protestos, que em agosto/2013 tinham 77% de aprovação e hoje contam com 52%, com outros 42% se declarando contrários (eram 18% em agosto). O apoio à realização da Copa no Brasil também caiu, com 52% das pessoas favoráveis e 38% contrárias, no entanto, 63% dos entrevistados se mostraram contra protestos durante a Copa.
Comentário: A relativa estabilidade nos cenários eleitoral e de aprovação do governo pode ser considerada positiva para o governo, por se dar em um patamar elevado de intenção de votos e aprovação. No entanto, deve-se ter em mente que a campanha eleitoral ainda não teve início e que boa parte dos eleitores ainda não está atenta ao debate político intenso que promete tomar conta da campanha após a Copa. Resta a certeza de que Dilma inicia a busca pelo segundo mandato em uma posição de razoável conforto, mas fica a dúvida de como o debate político e a mobilização social (seja nas ruas, seja nas redes) irá alterar este cenário até outubro. Quanto à aprovação aos protestos, era de se esperar sua queda com o passar do tempo, dado que a divisão social em torno das manifestações reflete melhor o perfil ideológico/político da sociedade brasileira do que o apoio quase unânime que receberam as manifestações de junho. Boa parte da queda na popularidade dos protestos está ligada à crescente violência com que tais manifestações passaram a ocorrer, o que afastou muitos daqueles que apoiavam as iniciativas no ano passado.
ECONOMIA NACIONAL
Em semana de “Copom”, mercado espera alta de 0,25% nos juros: O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (Bacen) se reúne esta semana para definir a nova taxa básica de juros da economia brasileira, que deve ser anunciada na quarta-feira à noite. O boletim Focus do Bacen, divulgado na manhã desta segunda-feira, indica que a maior parte dos analistas do mercado financeiro espera que o banco suba a taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,25 ponto percentual, reduzindo o ritmo de alta das últimas reuniões e provavelmente finalizando o ciclo de ajuste das taxas de juros iniciado em meados de 2013. Apesar desta expectativa, o mercado voltou a ajustar para cima suas expectativas para o IPCA em 2014, passando de previsão de 5,93% na semana passada para alta esperada de 6% nesta semana. Entre os top 5, os cinco analistas que mais acertam em suas previsões, a alta nas expectativas foi mais moderada, passando de 5,86% para 5,89%.
Comentário: A expectativa de finalização do ciclo de alta de juros está em linha com as recentes declarações do presidente do Banco Central e com o aperto fiscal anunciado na semana passada pelo Ministério da Fazenda, que deve contribuir na batalha contra a inflação. Além disso, os resultados os principais índices inflacionários de janeiro e fevereiro apontam para um primeiro semestre benigno do ponto de vista inflacionário, com redução do acumulado em 12 meses se comparado ao último trimestre de 2013. Apesar disso, não é impossível que o Bacen mantenha o ritmo de alta das taxas de juros, surpreendendo o mercado e reforçando seu compromisso com a queda nos preços. Isso, no entanto, poderá ter um alto custo para o crescimento econômico brasileiro esperado para este ano.
AGENDA DO DIA
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HORÁRIO
ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO
IPC-S
8h
FGV
Confiança do Consumidor/Brasil
8h
FGV
Boletim Focus
8h30
Bacen
Inflação/Europa
7h
Eurostat
Análise: Guilherme Mello, Economista
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