FPA Comunica 7 avalia mudança no perfil da pobreza brasileira entre 2002 e 2012
Publicação lançada nesta quarta-feira, 11, mostra que no último decênio pobreza caiu mais entre extremos de faixas etárias e de escolaridade
O FPA Comunica 7, lançado nesta quarta-feira, 16, analisa as principais mudanças nas características pessoais dos pobres no Brasil e o tipo de condição de atividade dos pobres brasileiros no período entre os anos de 2002 e 2012.
A partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a sétima edição do FPA Comunica busca tratar das principais alterações ocorridas entre os pobres brasileiros no último decênio, no qual foi possível observar algumas características destas alterações.
Quando se considera a quantidade de pobre segundo faixa etária, é possível observar que entre 2002 e 2012 os dois extremos das faixas etárias forma os segmentos com maior redução na quantidade de pobreza: o segmento de 60 anos e mais de idade teve a diminuição no número de pobres em 65,2% no período, enquanto em igual intervalo a faixa etária de até 4 anos apresentou a segunda maior redução na pobreza (63,6%).
Em relação ao nível de escolaridade também houve maior redução nos extremos, ou seja, houve as maiores diminuições aconteceram para a população pobre com ensino superior (68,1%) e sem instrução (64,9%). Já em relação à ocupação, percebe-se que o segmento economicamente ativo registrou queda maior, de 63,3% entre 2002 e 2012, enquanto entre os inativos a diminuição ocorreu em ritmo menos intenso, 45,5%, no mesmo período de tempo.
O FPA Comunica busca sinteticamente antecipar alguns dos resultados obtidos por intermédio das investigações em curso efetuadas por pesquisadores e estudiosos colaboradores. Nos últimos dez anos, a pobreza sofreu forte impacto do conjunto das políticas econômicas e sociais de novo tipo adotado no Brasil. Para um segmento que historicamente existia como se fosse intocável tanto pela dinâmica do setor privado como pelas políticas públicas, a mudança no perfil da pobreza não se apresenta desprezível.
A medida de pobreza nacional adotada refere-se à linha monetária de até 140 reais mensais para o rendimento domiciliar per capita em setembro de 2011 e deflacionado pelo INPC do IBGE no período de 2002 e 2012.
As análises e dados estão na íntegra no FPA Comunica 7, que pode ser baixado aqui, ou no ícone ao lado deste texto.