2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário ocorrerá entre os dias 14 e 17 de outubro, em Brasília

Por Jalila Arabi

Cerca de 35 mil pessoas já se reuniram para planejar um Brasil rural mais sustentável e solidário. Desde o primeiro semestre de 2013, homens e mulheres do campo e representantes da agricultura familiar estão se reunindo em conferências estaduais, municipais, intermunicipais, territoriais, setoriais e temáticas, a fim de debater o desenvolvimento rural do País para as próximas duas décadas. A iniciativa é do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Condraf/ MDA).

Até o momento, 281 conferências territoriais e intermunicipais já foram realizadas em todo Brasil. Mulheres também participaram efetivamente das fases voltadas para elas: foram mais de 1,5 mil presentes. As conferências estaduais reuniram cerca de cinco mil pessoas.

“Isso demonstra o quanto a sociedade civil e os governos Federal, municipais e estaduais estão empenhados em construir uma conferência participativa e efetiva, para que o Plano Nacional, que será resultado da Conferência Nacional, atenda todas as necessidades e aspirações do desenvolvimento rural brasileiro”, afirma o secretário-executivo do Condraf, Roberto Nascimento.

Entre os temas mais discutidos nas conferências, estão reforma agrária, agroecologia, Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) e participação, gestão e controle social. Essas e outras pautas, como educação no campo e créditos rurais, serão apreciadas na etapa nacional, que ocorrerá entre os dias 14 e 17 de outubro, em Brasília.

Conferência Nacional
O Plano Nacional será construído com base nas propostas aprovadas na 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, em outubro. A perspectiva é que seja aprovado em dezembro, após a redação por uma comissão especial. “É um Plano que a sociedade civil e o governo constroem juntos. São os grandes temas com objetivos estratégicos de ampliar, cada vez mais, a participação da agricultura familiar na economia brasileira”, justifica Roberto.

São esperadas 1,5 mil pessoas na Conferência Nacional, em Brasília. Cada estado e o Distrito Federal terão, no mínimo, 26 representantes, dependendo da população rural de cada Unidade Federada.

“Na Conferência Nacional, teremos um grande processo de síntese de tudo que vem sendo discutido nas conferências pelo Brasil afora, essa é a questão fundamental. Estamos ouvindo as comunidades, a sociedade civil lá do interior, da base, dos territórios, dos municípios. Vamos construir juntos, governo e sociedade civil, um Plano Nacional. É um processo integrado”, comenta Roberto.

Avanços
Desde a primeira Conferência, realizada há cinco anos, Roberto vê avanços na busca por um Brasil mais sustentável. “Estão sendo construídas muitas propostas na questão da emancipação dos jovens e das mulheres, do etnodesenvolvimento dos povos e comunidades tradicionais, que já demonstram o quanto nós evoluímos nas políticas públicas para o Brasil rural e o quanto ainda podemos evoluir para que a agricultura familiar seja ainda mais importante no desenvolvimento do País”, finaliza.

Publicado originalmente em http://www.mda.gov.br/portal/condraf/noticias/item?item_id=14513463