Por Margarida Salomão

A CUT tem se somado ainda aos esforços pelas reformas política e agrária, democratização das comunicações, na busca por um sistema tributário mais justo para os brasileiros e brasileiras de menor renda. Recentemente, esteve ao lado de diversas outras entidades na luta pela aplicação dos royalties do pré-sal para a educação e, em Minas Gerais, é um dos principais protagonistas na luta pela aplicação da lei do piso para o magistério

A CUT carrega em seus trinta anos de existência a marca de diversas lutas e conquistas. Sua combatividade e compromisso com o trabalho digno e os direitos dos trabalhores e trabalhadoras fizeram com que se tornasse um dos principais símbolos da organização sindical no país. A dimensão de sua importância, contudo, vai muito além. Na presente data, a central deve ser lembrada pela contribuição inestimável que deu para a consolidação da democracia brasileira.

A CUT surgiu como uma das novas vozes que, no início da década de 1980, gritava pela democracia. Sua presença foi então determinante para que o regime militar finalmente se encerrasse. Restaurada a ordem democrática, a central pautou, batalhou e conquistou espaços de participação da representação sindical em nosso sistema político, tornando-o mais plural e aberto à presença da sociedade.

A vocação democrática da CUT também pode ser comprovada na participação decisiva da central em diversos temas nacionais. A entidade foi uma das grandes responsáveis pelo combate à doutrina neoliberal, em particular na luta contra a adesão à Alca, Acordo de Livre Comércio das Américas, que claramente traria prejuízos econômicos ao Brasil e às condições de trabalho de brasileiros e brasileiras.

A CUT tem se somado ainda aos esforços pelas reformas política e agrária, democratização das comunicações, na busca por um sistema tributário mais justo para os brasileiros e brasileiras de menor renda. Recentemente, esteve ao lado de diversas outras entidades na luta pela aplicação dos royalties do pré-sal para a educação e, em Minas Gerais, é um dos principais protagonistas na luta pela aplicação da lei do piso para o magistério.

Esta breve memória comprova a relevância da Central Única dos Trabalhadores e das Trabalhadoras para o país. É certo que muito ainda precisa ser feito, e para tanto, nos colocamos ao lado da entidade. Quem venham os embates pela redução da jornada semanal de trabalho para quarenta horas, lutemos pelo fim do fator previdenciário e do imposto sindical, e contra o PL4330, das terceirizações. Continuaremos, assim, trilhando os caminhos de um Brasil mais justo e democrático.

Margarida Salomão é deputada federal pelo PT-MG