Entre 2003 e 2012, o poder de compra do rendimento de trabalho aumentou em 27,2%

 

O IBGE anunciou nesta semana que a taxa de desocupação de dezembro de 2012 foi estimada em 4,6%, destacando que este número é o menor registrado na série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego – PME iniciada há 10 anos. Na média dos doze meses do ano passado, a taxa de desocupação ficou em  5,5%, também a menor média anual. Em relação a taxa registrada em 2003, no mesmo período, essa queda fica mais acentuada: 6,9 pontos percentuais. 

IBGE mostra a menor taxa de desocupação desde 2003 e aumento de rendimentos

A população desocupada em dezembro de 2012 – 1,1 milhão de pessoas – diminuiu em relação a novembro do mesmo ano em 6%, ou seja, 72 mil pessoas deixaram essa situação. Ainda em 2012, na média anual, havia 1,3 milhão de pessoas desocupadas, enquanto no mesmo período em 2003 havia 2,6 milhões – registrando uma queda de 48,7%, o que significa que 1,3 milhão de brasileiros deixaram a desocupação na última década.

Rendimentos do trabalho – O rendimento médio mensal do trabalho registrado na média dos doze meses de 2012 foi estimado em R$ 1.793,96, o mais alto desde 2003, quando foi registrado R$ 1.409,84. Na última década, o poder de compra deste tipo de rendimento aumentou 27,2%. Mas as disparidades históricas continuam entre os rendimentos dos homens e das mulheres, assim como entre brancos e pretos ou pardos. No ano passado, na média, as mulheres ganhavam R$ 1,489,01, o que corresponde a 72,7% do rendimento dos homens (R$2.048,34).

Em relação aos trabalhadores negros ou pardos, o rendimento médio em 2012 deles correspondia a 56,1% do rendimento recebido pelos trabalhadores brancos. No entanto, a pesquisa mostra que houve um aumento do rendimento dos trabalhadores negros ou pardos no período 2003 a 2012 de 46% e o rendimento dos trabalhadores brancos cresceu 26% neste mesmo período.

Carteira assinada – Na média anual de 2012, a população ocupada é de 23,4 milhões de brasileiros, segundo o PME. Deste montante, 10,9 milhões são trabalhadores da iniciativa privada com carteira assinada, o que representa 49,2% do total de pessoas ocupadas, sendo que em 2003 eram 39,7%. A pesquisa registrou também o aumento de trabalhadores registrados que contribuem para a previdência, são 5,4 milhões.

Mulheres – Dentro da população ocupada, a participação das mulheres não se alterou entre 2011 e 2012, passando de 45,4% para 45,6%. O nível de ocupação das brasileiras continua abaixo do nível entre os homens: 43% contra 63,7%. Entretanto, houve um aumento significativo da participação das mulheres entre 2003 e 2012, de 43% para 45,6%.

Jovens, negros e pardos – A PME mostra ainda que, em relação a 2003 aumentou o nível de ocupação entre os jovens de 18 a 24 anos – de 53,8% para 60,8%. A mesma situação se apresenta para a população negra e parda entre 2003 a 2012: de 48,5% para 53,6%.

Serviços – Entre 2003 e 2012, o grupo que apresentou a maior elevação da participação no mercado de trabalho foi o de serviços prestados à empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, passando de 13,4% para 16,2%. 

A Pesquisa Mensal de Emprego  – PME é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A publicação completa da Retrospectiva do Mercado de Trabalho 2003-2012 está aqui e a íntegra do resultado da PME de 2012 está aqui.