“Queremos um jovem dirigente e não apenas um dirigente juvenil”: Entrevista com Leopoldo Vieira e Valdemir Pascoal
Partindo do princípio de que a juventude do PT (JPT) vive um novo patamar, Leopoldo Vieira e Valdemir Pascoal, membro da direção nacional da JPT e ex-secretário nacional dos jovens petistas, respectivamente, lançaram o livro “O novo patamar da juventude do PT”. Nele, os jovens discutem políticas públicas de juventude e analisam as principais discussões II Congresso da JPT, realizado no ano passado, em Brasília. O livro já está disponível online. Acompanhem a entrevista.
Blog do Zé Dirceu – O que os jovens poderão encontrar em "O novo patamar da juventude do PT"?
Valdemir Pascoal – O livro reúne artigos escritos por nós no calor da construção do II Congresso da Juventude do PT. Nós seguimos à risca a ideia de que, mais do que discutir políticas públicas de juventude, nós temos que ser jovens que pensam políticas públicas, chamando nossa geração para a construção de soluções para os desafios do Brasil.
O livro traz, portanto, reflexões sobre renovação de lideranças, ideias e propostas para a governança municipal e, também, para a necessária disputa de valores das classes sociais, em mobilidade hoje, e formadas majoritariamente por jovens. Ele aponta caminhos para tornar a JPT uma organização de massas, útil à luta do povo e vanguarda da transição geracional no partido e na sociedade. É, também, um roteiro de como realizar um congresso vitorioso em todos os sentidos.
Como surgiu a ideia de escrever o livro?
Leopoldo Vieira – Nós precisávamos registrar e divulgar, ao máximo, a saga que foi o histórico II Congresso da JPT. Este evento deu um show de democracia, com transmissão ao vivo, diária, do debate das teses que contaram com texto-base para discussão nas etapas estaduais e um caderno de teses para a etapa nacional. Mais do que o registro democrático da nossa pluralidade de pensamento, o Congresso foi o registro do projeto político da terceira geração do petismo que disse "queremos mais que administrar o capitalismo". O livro foi o melhor meio que encontramos para levar essa experiência à militância, dirigentes, lideranças públicas e às próximas gerações.
A juventude do PT vive hoje sob um novo momento?
Valdemir Pascoal – Sim. Nós saímos do II Congresso com uma vitória inédita, no primeiro turno, de uma aliança entre as duas principais forças do partido, a Construindo um Novo Brasil e a Democracia Socialista, que dá forma a uma geração para levar adiante a revolução democrática no país. Isso nos permite avançar em dois sentidos. No âmbito interno, um novo modelo organizativo para os jovens petistas, que considerará para o debate os processos de eleições diretas (PED) que o PT utiliza, para termos os novos dirigentes da juventude eleitos com dezenas e centenas de milhares de votos dos nossos jovens filiados. Jovens que sairão com muito respaldo, inclusive para disputar vereanças e prefeituras. E no âmbito externo, poderão ocupar funções destacadas em secretarias, prefeituras, ministérios, mandatos parlamentares, quadro de assessoramento superior ou de carreira. Podemos ser um celeiro de quadros da esquerda. Não queremos só um dirigente juvenil, mas um jovem dirigente. Não queremos só “vereadores jovens” e sim “jovens vereadores”. Não queremos só um “gestor de PPJs”, mas um agente efetivo da revolução democrática.
Como as pessoas podem obter o livro?
Leopoldo Vieira – O livro não terá distribuição comercial, será levado à militância nos lançamentos estaduais e nas atividades nacionais da JPT e do partido. A divulgação em massa se dará pela internet, meio de informação mais usado hoje pelos jovens, através do download do arquivo em PDF.
– Para baixar o seu exemplar de “O novo patamar da juventude do PT”, clique aqui.