Foro de SP: Renato Simões fala sobre consolidação democrática
O secretário Nacional de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT Renato Simões falou ontem na plenária final do Foro de São Paulo, em nome do partido. Para Simões, promover uma transformação de época passa pela construção de alternativas e não mais pela crítica ao neoliberalismo. "Defender o socialismo não é uma retórica de profissão de fé, ainda que seja sempre necessário relacionar nossas ações na conjuntura com nosso projeto estratégico de mudança radical do capitalismo, só possível em uma sociedade socialista", disse Simões.
O dirigente petista apontou cinco direções fundamentais por onde hoje passam as tarefas revolucionárias, conforme apresentado abaixo:
"1) consolidar a integração continental. Intensificar as relações políticas e econômicas e mudar os paradigmas de mundo nas relações ente nossos países. O projeto da CELAC e a consolidação da Unasul são estratégicos para nossos países.
2) realizar nossa tarefa escolar básica, qual seja o aprofundamento das reformas democráticas e populares nos planos nacionais, apoiando a participação popular, ampliando o acesso das populações sem terra à terra, no campo e nas cidades, criando regras de controle social sobre o capital financeiro transnacional e os meios de comunicação social.
3) ampliar os espaços para transformações mais profundas no nível nacional, articulando nossa ação nos governos progressistas com os movimentos sindicais, camponeses, populares, estudantis, de negros, de mulheres, LGBT, indígenas e de outros setores populares e progressistas. Construir agendas comuns, respeitando a autonomia e posições divergentes eventuais dos movimentos sociais.
4) afirmar o protagonismo dos partidos na relação com os governos e movimento sociais. Nossos partidos não podem ser atores sencundários, pois suas tarefas não serão cumpridas pelos governos e movimentos sociais. Para isso é necessário construir as condições de fotalecer o Foro de São Paulo em nível continental, a solidariedade entre nossos partidos, o intercâmbio real para além dos encontros, fortalecendo a luta política e ideológica no plano continental.
5) Os partidos devem assumir como sua a agenda de lutas sociais continentais e internacionais de caráter anti-capitalista, anti-neoliberal e anti-imperialista. Construir agenda comum com as principais articulações continentais comprometidos com os movimentos sociais, como proposta na resolução do grupo de trabalho dos movimento sociais.
Assim estaremos construindo novas relações de força para essa mudança de época que perseguimos."