A pesquisa Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado foi apresentada nesta quarta-feira (27/04) em seminário no SESC Consolação, em São Paulo para mais de 200 pessoas. Realizada pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o SESC, a pesquisa de opinião entrevistou 2.365 mulheres e 1.181 homens em todo o país, no ano passado, a respeito de feminismo e machismo, sexualidade, aborto, trabalho, tempo livre, imagem da mulher e política. Esta pesquisa é uma sequência de um levantamento realizado em 2001 pela FPA sobre o mesmo tema.
Danilo Santos de Miranda diretor regional do SESC São Paulo, destacou na abertura do seminário, o papel da pesquisa que permitiu à sociedade “ouvir as vozes das mulheres nos espaços público e privado” e que essas vozes auxiliam o SESC a formar cidadãs e cidadãos, atuando na educação de meninas e meninos e até mesmo das próprias mulheres.
Por sua vez, Mauro Lopez Rego, gerente da Gerência de Estudos e Pesquisas da Divisão de Planejamento e Desenvolvimento do SESC Nacional, destacou que os resultados da pesquisa das mulheres “estimula a reflexão sobre a questão de gênero, individual e em relação ao público” e que o “SESC também estuda a realidade do país e em suas atividades busca promover mudanças duradouras” nas condições de vida das mulheres.
Flávio Jorge, diretor da FPA, elencou a série de pesquisas de opinião realizadas pelo núcleo de opinião pública da instituição, que completa 15 anos agora em 2011, sobre a condição dos idosos (também em parceira com o SESC), da juventude, sobre o racismo entre outras, formando um quadro de percepções da sociedade brasileira sobre esses públicos e temas. Ele ainda destacou a importância deste universo de dados para os debates dos movimentos sociais e para a formulação de políticas públicas.
Gustavo Venturi, coordenador da pesquisa, apresentou um resumo dos dados deste levantamento de 2010 comparados aos resultados da pesquisa das mulheres em 2001. Segundo ele, esse tipo de pesquisa permite uma infinidade de cruzamento, como por raça, religião, renda familiar, idade entre outros. Temas como melhores e piores coisas em ser mulher e mercado de trabalho apareceram espontaneamente como preocupação das mulheres entrevistadas, explicou ainda.
Após a apresentação da pesquisa foram realizadas duas mesas de debates, formadas por pesquisadoras das áreas de humanas que analisaram os seguintes temas: violência, dupla jornada, discriminação no mercado de trabalho, aborto, mídia e corpo e sexualidade.
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