Prevenção DST/ Aids, anticoncepção e pílula do dia seguinte

Cap. 4 para download

Entre as mulheres não-virgens que tiveram relação sexual nos 12 meses que antecederam a pesquisa (70% das brasileiras), a média de tempo desde a última relação sexual foi de pouco mais de um mês (34 dias), sendo que metade das não-virgens declarou ter tido ao menos uma relação sexual nos sete dias anteriores à entrevista.

Disseram manter vínculo estável – atual ou à época – com a pessoa com quem tiveram a última relação sexual 88% das mulheres e 79% dos homens – ou seja, tiveram relação com parceiro/a considerado/a eventual uma em cada nove mulheres (11%), contra um em cada cinco homens (20%).

A maioria, seja das mulheres (67%) ou dos homens (59%), afirma não ter usado preservativo na última relação sexual. As principais razões alegadas para isso são a confiança no/a parceiro/a, a estabilidade da relação, o uso de outros contraceptivos e a falta de hábito.

Disseram já ter feito ao menos uma vez algum teste anti-HIV 50% das mulheres (25% em 2001) e 36% dos homens, mas apenas cerca de um em cada cinco, seja das mulheres (21%) ou dos homens (19%), teria feito teste nos 12 meses anteriores à pesquisa.

Com dados bastante semelhantes a 2001, cerca de 1/3 das mulheres (35%) declara não usar nenhum contraceptivo, 25% citam a pílula, 21% declaram já ter feito laqueadura e 19% recorrem ao uso da camisinha pelo parceiro. A pílula lidera, com 40% (com em 2001), como método anticoncepcional preferido, seguida pela camisinha (22%) e pela laqueadura (21%).

Embora terem feito a laqueadura (ou o parceiro vasectomia) lidere as razões de não uso atual do método preferido, quase uma em cada quatro (23%) das mulheres que preferem a pílula mas não usam alega ter efeitos colaterais indesejáveis, e 28% das que preferem a camisinha mas não usam apontam a recusa do parceiro.

Mais de três em cada quatro mulheres (77%) diz já ter ouvido falar da ‘pílula do dia seguinte’, sendo que 16% já a tomaram, 41% não mas o fariam para evitar uma gravidez e outras 41% dizem que não a usariam, seja por considerá-la abortiva, por considerações de cunho moral-religioso, por não ter necessidade (porque não pode ou quer engravidar, não tem parceiro) ou por desinformação.

 

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