Corpo e representação na mídia

Cap. 3 para download

Declaram-se totalmente satisfeitos “em relação ao amor” 71% dos homens, contra 58% das mulheres hoje (53% em 2001);

Declaram-se totalmente satisfeitos “com sua saúde física” 69% dos homens, contra 56% das mulheres hoje (58% em 2001);

Declaram-se totalmente satisfeitos “com sua aparência física” 70% dos homens, contra apenas 50% das mulheres hoje (54% em 2001).

Entre a quase metade das mulheres (47%) que não está plenamente satisfeita com sua aparência, declaram-se espontaneamente descontentes com a barriga 15%, acima do peso 14% e com os seis 7%.

Uma em cada três mulheres (33%) diz que se sente “como se recebesse um elogio” quando um homem mexe com ela na rua, contra uma em cada quatro (25%) que se sente “desrespeitada”. Em 2001 essas taxas eram invertidas, respectivamente 27% e 32%.

A maioria das mulheres (64% hoje, 59% em 2001) avalia que de um modo geral elas próprias “saem perdendo” por ser comum no Brasil usarem “roupas que marcam o corpo, como calças justas, saias curtas e blusas decotadas”. Apenas 9% acreditam que as mulheres “saem ganhando” com isso (18% em 2001).

Quatro em cada cinco (80% hoje, 77% em 2001) acham ruim que “na televisão sempre tem programas com mulheres dançando com roupas curtas, mostrando bastante o corpo”, sobretudo por avaliar que isso “dá muita atenção só para o corpo e desvaloriza todas as mulheres” (51%, contra 56% antes).

Três em cada quatro brasileiras (74%) são favoráveis a “um maior controle da programação e da publicidade na TV”, dividindo-se entre as que acreditam que isso deve ser feito por autorregulamentação das TVs e agências de publicidade” (38%), as favoráveis a uma “maior fiscalização ou censura por parte do governo” (37%), e ainda as que prefeririam o controle “por um órgão ou conselho com pessoas da sociedade” (20%).