Gravidez, filhos e violência institucional no parto
Gravidez, filhos e violência institucional no parto
Três em cada quatro brasileiras já engravidou ao menos uma vez, tem tido, em média, 3,5 gravidezes. Hoje, quatro em cada cinco (79%) têm ou tiveram filhos (75% em 2001), contra dois em cada três homens (66%).
Entre as mulheres que tiveram filho/a(s), 99% tem ou tiveram filhos naturais, 5% adotados e 3% enteados. Entre os homens que tiveram filho/a(s), 96% tem ou tiveram filhos naturais, 4% adotados e 9% enteados.
A idade média com que tiveram o primeiro filho ou filha natural foi de 21 anos e 3 meses para as mulheres (34% até os 18 anos e só 6% após os 30 anos), e de 24 anos e 3 meses entre os homens (13% até os 18 anos, 12% com mais de 30 anos).
Três em cada quatro brasileiras com 15 anos e mais engravidaram ao menos uma vez na vida. Em média tiveram 3,5 gravidezes. Uma em cada onze é virgem (9%).
Entre as que já tiveram relações sexuais, cerca de quatro em cada cinco têm ou tiveram filhos (79%) – em média, 3,3 filhos (contra 3,5 filhos em 2001). Entre os homens com 15 anos e mais a média declarada é de 3,0 filhos.
Entre os que têm/tiveram filhos, 99% das mulheres e 96% dos homens têm/tiveram filhos naturais, respectivamente 5% e 4% têm/tiveram filhos adotados, 3% e 9% enteados.
A maioria das mulheres com filhos declarou ter tido o/a primeiro/a filho/a biológico/a entre 16 e 24 anos (70%), sendo que 7% tiveram com até 15 anos de idade e apenas 6% com mais de 30 anos. Entre os homens a maioria teve o/a primeiro/a filho/a biológico/a com 19 a 30 anos (73%), sendo que apenas 1% teve com até 15 anos de idade, enqanto 12% tiveram com mais de 30 anos. Na média, as mulheres tiveram o/a primeiro/a filho/a com 21 anos e 3 meses, os homens com 24 anos e 3 meses.
Entre as mulheres que tiveram filhos naturais (71% da amostra), a maioria fez parto(s) só na rede pública (68%), 16% na rede privada, 8% em ambas e 9% em casa ou outros locais.
Afirmaram terem sofrido “algum desrespeito ou maltrato ao procurar assistência em maternidades ou em atendimento pré-natal” 15% das mulheres que tiveram filho/a(s) natural(is).
Em resposta a diferentes formas de violência institucional, no entanto, uma em cada quatro (25%) relatou ter sofrido, na hora do parto, ao menos uma entre 10 modalidades de violência sugeridas – com destaque para exame de toque doloroso (10%), negativa para alívio da dor (10%), não explicação para procedimentos adotados (9%), gritos de profissionais ao ser atendida (9%), negativa de atendimento (8%) e xingamentos ou humilhações (7%).
Ainda cerca de uma em cada quatro (23%) ouviu de algum profissional algo como:
- “não chora que ano eu vem você está aqui de novo” (15%);
- “na hora de fazer não chorou, não chamou a mamãe” (14%);
- “se gritar eu paro e não vou te atender” (6%);
- “se ficar gritando vai fazer mal pro neném, ele vai nascer surdo” (5%).