Foro de São Paulo reflete sobre os desafios da América LatinaCom a presença de cerca de 600 participantes, representantes de partidos políticos, fundações e escolas e centros de formação política, parlamentares, entre outros, está aconteceu, em Buenos Aires, Argentina, a XVI edição do Foro de São Paulo, organismo que reúne os partidos políticos da América Latina e que comemorou seus 20 anos de existência. O documento base de discussão que norteou os debates do Foro, apontava para a necessidade de ampliar a unidade dos partidos progressistas, populares e de esquerda, aprofundar as mudanças, derrotar a contraofensiva de direita e consolidar a integração regional.

Nos quatro dias do Foro, foram realizados encontros simultâneos de parlamentares, de autoridades estatais e locais, de autoridades nacionais, de Fundações e escolas de formação política, de políticas de defesa regional e continental, de meio ambiente e mudança do clima, de movimentos sociais, de trabalhadores de arte e cultura, de democratização dos meios de comunicação, de segurança/delinquência organizada/ direitos humanos, de soberania nacional e descolonização, e migrações. Também aconteceram os encontro de Juventudes e de Mulheres.

Na instalação oficial do Foro, foram feitas homenagens a militantes históricos da América Latina que faleceram em 2010, como a portorriquenha Lolita Lebron e o venezuelano Alberto Müller Rojas. O presidente de Honduras afastado de suas funções em função do golpe de estado, Manoel Zelaya falou sobre o retrocesso político e social vivido em seu país e pediu a solidariedade dos partidos políticos da América Latina e do Caribe para seu retorno a Honduras. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou mensagem que foi lida por Valter Pomar, membro do Diretório Nacional do PT e secretário-executivo do Foro de São Paulo. Na mensagem, Lula ressaltou a importância dos partidos políticos e do Foro para a mudança que acontece no Continente. Leia a íntegra aqui.

O PT foi representado por seu secretário Geral, José Eduardo Cardozo, que enfatizou a presença das reflexões feitas no Foro de São Paulo nos governos progressistas que assumiram na América Latina. Ele disse que a renovação política é visível também nos processos de integração continental. Ele citou os exemplos da Unasul, do Banco do Sul, do Conselho de Defesa Sul-Americano, da Alba e da Comunidade Latinoamericana e Caribenha (CALC). Cardozo também apontou os desafios para a região, e enfatizou que é preciso deixar um legado político para as próximas gerações e que essas reflexões devem estar baseadas em temas como a busca da igualdade social, a afirmação da soberania nacional (e regional) e do compromisso irrestrito com a democracia. Leia a íntegra aqui.

A resolução final do XVI Foro de São Paulo será divulgada nos próximos dias e será publicada aqui no portal e no site do Foro