Foi anunciado na segunda-feira, 17/5, acordo diplomático para a resolução da questão nuclear iraniana. Intermediada por Brasil e Turquia, a negociação prevê que o Irã envie urânio enriquecido para o país turco, recebendo em troca de combustível nuclear para pesquisas. O esperado é que, ao abrirem mão de parte do processo de enriquecimento de material radioativo, os iranianos acenem ao mundo com a disposição de não prosseguirem com o desenvolvimento de armamentos nucleares.

Celebrado por uns, desprezado por outros, o acordo pode ser um importante passo na estabilização do Oriente Médio sem o apelo a sanções comerciais ou iniciativas militares. Embora tenha sido recebida com ceticismo pela imprensa brasileira, a iniciativa diplomática tem rendido complexas análises na mídia global, e colocou em movimento o xadrez geopolítico, com o apoio ou não ao acordo sendo motivo de conversas entre as potências globais.

Para colaborar com o debate, o Portal FPA oferece ao público uma seleção de textos de seu acervo:

Por que Washington rejeita a paz, por Antonio Martins

Não verás Lula nenhum, por Leandro Fortes

Acordo Brasil-Irã resolve o impasse nuclear?, por Breno Altman

Lula, Irã, a fome e a paz, por Beto Almeida

Irã: gol de placa do Brasil, por Flavio Aguiar

O lugar do Brasil no mundo: a política externa em um momento de transição (PDF), por Marco Aurélio Garcia. (Artigo publicado no livro Brasil, entre o Passado e o Futuro, coedição EFPA e Boitempo Editorial).