Representantes das comunidades indígenas, do governo e de centros de pesquisa estiveram reunidos nos últimos dias 18 e 19 de janeiro em São Paulo para construir a metodologia da pesquisa Indígenas no Brasil, a convite da Fundações Perseu Abramo. A FPA realizará este estudo em parceria com o Instituto Rosa Luxemburgo nos próximos meses com povos indígenas e com a população em geral de todo o país.

Participaram da reunião em São Paulo 26 pessoas representando as seguintes entidades: Associação Nhê ê Porã – Aldeia Guarani Krukutu (SP), Departamento de Antropologia do Museu Nacional/UFRJ, Secretaria Estadual de Justiça e Defesa da Cidadania (SP), Conselho Indígena de Roraima, Instituto de Estudos Socioeconômicos (DF), EACH/USP, Instituto Sócio-Ambiental (SP), Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Núcleo de História Indígena e do Indigenismo no Brasil/USP, PUC (SP), Instituto IEPES (SP), Instituto Pólis (SP), UniSantana (SP), IDETI (Instituto das Tradições Indígenas), CIMI (Conselho Indigenista Missionário), Associação Brasileira dos Pesquisadores Negros, Unifesp/Escola de Medicina. Coordenaram os trabalhos os integrantes do Núcleo de Opinião Pública da FPA, que agora sistematizam as sugestões e críticas para aperfeiçoar a metodologia da pesquisa.

Foto: Evelize Pacheco/FPA

Grupo reunido na Fundação discutiu a metodologia apresentada pelo NOP

No projeto original da pesquisa Indígenas no Brasil estão previstos os seguintes temas a serem aprovados: percepção e manifestação de preconceito e discriminação; identidade e organização social e valores culturais; gênero, infância e juventude; saúde; violência e segurança; trabalho e economia autosustentável; educação e cultura; conflito de terras; ambientalismo e intervenções socioambientais; justiça; relações com a FUNAI e demais orgãos de representação. Os resultados deste estudo deverão subsidiar debates e políticas públicas para os povos indígenas, a exemplo de outras pesquisas da mesma linha realizadas pela FPA nos últimos 10 anos com jovens, mulheres, negros, idosos e LGBT.

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