Para apoiar o Programa Nacional de direitos Humanos 3 divulgado pelo governo federal no último dia 21 de dezembro, foram realizadas ontem diversas manifestações organizadas por entidades e defensores de direitos humanos.

Em São Paulo, um ato público foi realizado às 12hs, em frente à representação da presidência da República. Ali foi protocolada uma carta de defesa do programa e do ministro Paulo Vanucchi endereçada ao presidente Lula.

Às 20hs, no Sindicato dos Jornalistas foi realizado um ato público com cerca de 300 participantes. Estavam presentes partidos políticos, entidades e grupos de defesa dos direitos humanos e cidadãos/ãs. Estavam presentes representantes do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Grupo Tortura Nunca Mais, Fórum de ex-presos políticos, Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, Comissão Justiça e Paz, as Pastorais Sociais, as Mães de Maio (de São Paulo, criadas a partir da ação da polícia militar de São Paulo após os ataques do PCC), Conem, entre outros. Também estiveram presentes parlamentares como Adriano Diogo (PT), Ivan Valente (PSOL), Jamil Murad (PCdoB), entre outros representantes da sociedade.

Deverá ser criado um fórum permanente de direitos humanos em SP, vinculado ao Movimento Nacional de Direitos Humanos.

Clique aqui e leia as manifestações de Rose Nogueira, Amelinha Teles, Renato Simões, Criméia de Almeida, Jamil Murad, Ylá Ogumladé e outros.

Em Belo Horizonte, 80 representantes de 40 entidades reuniram-se no Sindicato dos Jornalistas para expressar sua indignação com os ataques de setores conservadores ao PNDH-3, em particular à proposta da constituição da Comissão de Verdade e à tentativa de isolar o ministro Paulo Vanucchi. Quatro decisões foram tomadas para dar continuidade ao movimento: realizar um ato hoje às 17hs na Praça 7 para manifestar a indignação dos defensores de direitos humanos aos ataques ao PNDH-3, construção coletiva, suprapartidária, da qual Minas Gerais participou; integrar a rede nacional de apoio e protesto e fazer chegar ao Presidente da República a exigência de que não recue ante a pressão dos setores conservadores, contrários aos direitos humanos quando seus privilégios são questionados; constituir um Fórum Permanente de acompanhamento do PNDH-3; assinar e difundir o apelo do Comitê Contra a Anistia aos Torturadores para ser encaminhado ao STF, em apoio à ADPF (Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental) interposta pela OAB.

Entre os presentes em Minas estavam representantes de entidades como Instituto Helena Greco; Pólos de Cidadania; CELLOS e GUDDS (do movimento LGBT); Coexista; DCE UFOP; UNE; Juventude Rebelião; PCR; GT Anistia e Democracia; SIND-UTE; Sindieletro; Sindicato dos Jornalistas; Fórum Mineiro de Direitos Humanos; Consulta Popular; Brigadas Populares; Associação José Marti; Fórum Interreligioso; Fórum Mineiro pela Reforma Política; AMES; Núcleo Lúcio Guterres; SIND-SAUDE; Comitê Estadual de Educação de Direitos Humanos; Nilmário Miranda (FPA) e cidadãos cidadãs. Também estiveram presentes o deputado Carlos Gomes e os mandatos de André Quintão e Obelino.

Nova reunião acontece no 20 de janeiro, no mesmo local.