O Instituto Metodista Bennet acolheu, na noite desta terça-feira 9/12, no Rio de Janeiro, a comemoração de aniversário dos 70 anos do frei Leonardo Boff.

A homenagem começou com bela música, tocada por jovens da Orquestra Mirim Armando Prazeres, a peça final trouxe “O treinzinho do caipira”, de Villa Lobos.

O Instituto Metodista Bennet acolheu, na noite desta terça-feira 9/12, no Rio de Janeiro, a comemoração de aniversário dos 70 anos do frei Leonardo Boff.

A homenagem começou com bela música, tocada por jovens da Orquestra Mirim Armando Prazeres, a peça final trouxe “O treinzinho do caipira”, de Villa Lobos.

Lideranças e representantes de entidades importantes marcaram presença e se pronunciaram a convite do prof. Longuini, teólogo, mestre de cerimônia no Instituto Bennet. Para confraternizar com Boff compareceram dezenas de entidades e lideranças, entre os quais destacaram-se Beth Mendes (Movimento Humanos Direitos); Maria Helena Arrochelas (Centro Alceu Amororo Lima e Universidade Cândido Mendes) e Tereza Cavalcante (PUC-RJ, teóloga feminista).

Em seguida, ouvimos o professor Lincoln de Araújo, representando o reitor Roberto Pontes – que chegou logo após o início das apresentações e foi convidado à mesa– , o professor Juarez Guimarães, organizador do livro “Leituras críticas sobre Leonardo Boff”, o professor Rudolf von Sinner, teólogo, autor de um dos artigos do livro e editor da revista “Estudos Teológicos”, que em sua edição recente (48), também homenageia Boff.

A ex-governadora do Rio de Janeiro, Benedita da Silva e o deputado estadual Alessandro Molon, ambos do PT, estavam presentes e também foram convidados à mesa.

Organizador do quarto número da coleção “Intelectuais do Brasil”, em parceria com a Editora da UFMG, Juarez Guimarães representou ali a Fundação Perseu Abramo. Em seu pronunciamento, destacou o trabalho de três anos para finalizar a edição do livro, a honra e a alegria de publicar leituras críticas sobre o teólogo que ocupa lugar consolidado no pensamento crítico brasileiro, ao lado de intelectuais como Gilberto Freire, Antonio Candido, Celso Furtado entre outros. Juarez propôs, quase como provocação, um estudo sobre a relação dos modernistas do Movimento de 1922 e o teólogo Boff. Destacou a importância do homenageado seja para a Igreja (que não se fez presente no ato!), para o Brasil e para o planeta, da extensa e comprometida produção de Boff e sua reflexão sobre a Humanidade, os povos e mais recentemente, sobre os estudos que atingem a cosmologia e a ecologia.

Na última parte da noite comemorativa, o público foi brindado com um agradável palestra, num tom de bate-papo entre amigos. Bom humor, grande capacidade de síntese de seus 70 anos de vida e muita esperança permearam o balanço do aniversariante, comemorado em comunhão com quem entende e participa de sua luta em busca de um mundo humano, justo e solidário.

No início do balanço, entre agradecimentos especiais, Boff lembrou do compromisso do Instituto Bennet ao ceder seu espaço aos amigos do teólogo, logo após a imposição do Vaticano com o silêncio obsequioso, condenação dada pela Santa Sé a um dos maiores elaboradores da Teologia da Libertação, nos idos de 1980. Como o fez agora, sediando a homenagem, uma demonstração de apreço e carinho.

Juarez Guimarães recebeu um agradecimento especial de Boff, que o considera um pesquisador arguto e discreto, especializado em estudos sobre o poder. Lembrou, inclusive, que Juarez é autor da melhor avaliação sobre o governo Lula, publicada no livro “A Esperança Equilibrista”, da Editora Fundação Perseu Abramo.

* Rogério Chaves é coordenador editorial da Fundação Perseu Abramo